tag:blogger.com,1999:blog-3220198690806927272024-02-20T22:22:30.223-08:00PRO DOMO GAIAPorque se desejarmos realmente fazer alguma coisa pela espécie humana, precisamos primeiro compreender como o planeta funciona e, através da educação, nos tornarmos gentís e atentos, para não desvirtuarmos algo tão perfeito e tão sagrado.PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-90225463871941228212017-07-23T04:24:00.000-07:002017-07-23T04:26:47.143-07:00Os genes do mundo: o nosso maior tesouro.<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; white-space: pre-line;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; white-space: pre-line;">Roberto Rocha</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; white-space: pre-line;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; white-space: pre-line;">Quando falam de crise ambiental, o que logo vem a mente são questões relacionadas à poluição atmosférica, dos oceanos, das bacias hidrográficas, do solo, agrotóxicos etc. Quase ninguém lembra dos genes! E são eles que realmente fazem parte desse conjunto ecológico tão significante chamado de ECOSFERA. </span><span style="background-color: white; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; white-space: pre-line;">Embora se alegue que - desde a Revolução Industrial - nós começamos a poluir o planeta -, nem sempre nos referimos à extinção das espécies com a mesma ênfase. Muitas conferências ocorreram a partir da década de 70 no intuito de avaliar e promover medidas de combate às ameaças reinantes. Elas sugeriram medidas corretivas, preventivas e reforçaram a educação como grande mola mestra dessa mudança necessária de comportamentos indesejáveis. Faço coro com as autoridades mundiais que apoiam medidas que visem a diminuição da emissão de gases de efeito estufa ou qualquer outra ameaça física ou química que venha causar males aos seres vivos. No entanto, considero que deveríamos dar peso igual ou maior aos programas que salvem as espécies que estão a caminho da extinção ainda neste século. Não vai adiantar muito ter um clima equilib</span><span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;">rado se não existirem os genes que garantam a nossa sobrevivência e o funcionamento dos serviços ecossistêmicos. A perde da saúde ambiental - entenda-se saúde dos ecossistemas - é pior do que qualquer mudança de clima.</span><br />
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUeHGMJvXYq9pGCG7ENyThStouJ95YNcwU75bsMQQ_JUgfr16kguuxY_WvXAXq5Sxl6HkSFPXSQFHqxYDW5kp5AYyv6C32XtdGcJCG3mmmbOzP8By14D9f6gt_kjCmYcGA886_CdJecoQ/s1600/eXTIN%25C3%2587%25C3%2583O.png" imageanchor="1" style="background-color: white; font-family: "source sans pro", helvetica, arial, sans-serif; font-size: 17px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; white-space: pre-line;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="916" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUeHGMJvXYq9pGCG7ENyThStouJ95YNcwU75bsMQQ_JUgfr16kguuxY_WvXAXq5Sxl6HkSFPXSQFHqxYDW5kp5AYyv6C32XtdGcJCG3mmmbOzP8By14D9f6gt_kjCmYcGA886_CdJecoQ/s400/eXTIN%25C3%2587%25C3%2583O.png" width="400" /></a></div>
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"><br /></span>
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;">Por outro lado, a composição da atmosfera terrestre nunca foi igual na história da Terra. O mesmo aconteceu com os organismos. Todos tiveram que se adaptar, mas os genes estavam lá em grande quantidade para garantir novas composições. O que ocorre agora é que nós mesmos - por outros motivos - estamos eliminando a nossa riqueza maior: a diversidade genética. Isso é muito grave!</span><br />
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6AnocuTIr3vJuX3hM8u9vw3uxiyy9e7Mn5EId44kvGYsybqQXdMp1oKS7A2Y6FqPzQ9C74X2sSJ9N5_hUxG1nfymgz7UTeyaYG4nhv30kasX8OpNmaIZlpnZOmJrbcrdyshBf4HfVZUY/s1600/1533---base_image_4.1424269834.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6AnocuTIr3vJuX3hM8u9vw3uxiyy9e7Mn5EId44kvGYsybqQXdMp1oKS7A2Y6FqPzQ9C74X2sSJ9N5_hUxG1nfymgz7UTeyaYG4nhv30kasX8OpNmaIZlpnZOmJrbcrdyshBf4HfVZUY/s400/1533---base_image_4.1424269834.jpg" width="400" /></a></div>
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"><br /></span>
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"><br /></span>
<span class="more-container" style="background: rgb(255 , 255 , 255); border: 0px; color: rgba(0 , 0 , 0 , 0.7); font-family: "source sans pro" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 17px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-line;"> Não teremos muitos elementos com que jogar! Isso é drasticamente real e certamente muito preocupante. Nós vamos ser arrastados juntos nesta torrente. O homem não é tão suficiente quanto pensa! Muito ao contrário, é uma das espécies que mais depende de outras completamente diferentes, e não somente do clima ou da água que bebe.</span></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-74943245570666850152017-05-13T03:25:00.001-07:002017-05-13T03:32:56.069-07:00Percepções de um mundo humano equivocado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDO6iK-QebDq-RAfhkhxD1mx8AXTQy6RZ1XqevsE8mCHSSshrtds_PAOaWmFFu12yNa9CzsZN7B9Iq9iYkh5EUl6nKjKDSLnl5jLarOsgeX1iw8-g9JsjVfqw1_N2e5FyIE4gMLsd2cE/s1600/evolucaohumana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDO6iK-QebDq-RAfhkhxD1mx8AXTQy6RZ1XqevsE8mCHSSshrtds_PAOaWmFFu12yNa9CzsZN7B9Iq9iYkh5EUl6nKjKDSLnl5jLarOsgeX1iw8-g9JsjVfqw1_N2e5FyIE4gMLsd2cE/s400/evolucaohumana.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Roberto Rocha</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O principal problema do século
XXI não é a mudança do clima porque o clima da Terra nunca foi estável. Sempre
mudou conforme os diferentes cenários e interferências cósmicas e leis físicas.
A questão principal está na astronômica perda de biodiversidade que observamos
hoje porque é ela que sustenta o funcionamento dos atuais sistemas, associada
às condições climáticas. Cada tempo tem sua própria história. Um dia nosso
planeta será estéril ou habitado por criaturas condizentes com as condições de
clima que se apresentarem. A evolução caminhará para outras estradas. Até mesmo
o fato de se extinguir naturalmente é um caminho a ser trilhado e imutável. Vamos
apagar tanto quanto o Sol É apenas uma questão de milhões de anos. A nossa cultura consumista predatória
está nos conduzindo para um destino equivocado e fatal porque o mundo econômico
assim o deseja e nos faz prisioneiros ou nos torna cúmplice desse processo
organizado e culturalmente orquestrado. O mundo econômico não deseja discutir
questões ecológicas que não representem lucros imediatos ou garantias futuras.
Não desejam a sustentabilidade alardeada porque o triple botton line
capitalista só tem uma enorme perna: a econômica. O pilar socioambiental só
interesse para ser consumido ou usado para gerar mais dinheiro e servir a
interesses materiais e não exatamente mais felicidade espiritual. Isso é
loucura! Como falar de sustentabilidade num mundo que mantém a fabricação de
armas poderosas e equipes especializadas para eliminação sumária? Como falar de
preservar espécies alheias se vivemos matando nossos semelhantes? Como plantar
alimentos orgânicos e livres de venenos num mundo que ainda fabrica e investe
fortemente na venda de venenos? Como falar de frutos se o problema está nas
raízes? O povo não ignora os cientistas! O que ocorre, é que ele está sendo
manipulado por personagens específicas e ocupado com distrações vulgares - devidamente
orientadas e inseridas desde os ambientes escolares - para que sejam exatamente
desse jeito: consumidores iludidos. A concepção de qualidade de vida está direcionada
para atender interesses econômicos superficiais e não exatamente os interesses mais
puros e profundos da realização humana. O planeta é visto como um conjunto de
seres e coisas que “servem” ao sistema para sua riqueza material. A busca para
uma qualidade de vida para todos é uma piada para os gananciosos e corruptos de
plantão. Eles – os capitalistas desavisados - não querem saber de qualidade de
vida natural porque isso trava a tecnologia. No mundo capitalista predatório
não existe qualidade de vida para os ecossistemas funcionarem perfeitamente se
eles não gerarem lucros e saldos bancários positivos. Não existe o existir “por”
existir. Apenas o existir “para” existir. Esse é o grande desafio! Ninguém quer
ser mais paleolítico! Mas nossa herança hominídea nos mostra que – mesmo sendo
uma criatura com cérebro reptiliano – podemos evoluir em outros sentidos mais
nobres e espirituais; menos selvagens, menos desconfiados e medrosos. O fato é
que fomos “atropelados” por uma cultura de ferramentas incompatíveis com a
nossa biologia naturalmente herdada. É simples de entender! E poderíamos ser
diferentes, mas existe uma minoria no mundo que não está interessada nos
aspectos históricos que nos forjaram. Muito menos na biota que se esgota
rapidamente. Só existe um interesse maior: manter o sistema econômico como o
mais importante de todos. Quando existir um grupo interessado e ativo voltado
para a vertente socioambiental, sem ser seu usurpador e dono, então teremos alguma
chance de nos fazer ouvir e até enxergar uma luz no fundo do túnel. Mas o túnel
escuro que construímos – e continuamos a aumentar – deixa cada vez mais
distante o acesso à luz brilhante. A biodiversidade vai desaparecer numa escala
em números e num tempo curto, de forma muito mais letal do que qualquer
tentativa frustrada para mudar o clima. Podemos mudar sim o cenário atual que
afeta a biodiversidade, mas não poderemos fazer muita coisa pelo clima. Ele é autônomo.
O planeta não se preocupa com partes irrelevantes como nós somos. Só nós mesmos
é que nos achamos relevantes. O planeta está morrendo. Assim como o Sol. É um
processo em andamento. Estamos esfriando de fora para dentro. Às vezes mais, às
vezes menos, porque ainda temos uma bola de fogo ardente dentro dessa pequena
geosfera que não deseja se apagar logo. Vai levar ainda um bom tempo. Só não
sei se vamos estar por aqui. Quem sabe num outro planeta estéril, para construir
um modelo mais sensato do que o que temos. Nesse novo mundo vamos refletir sobre
a nossa estupidez: de ter vivido num planeta maravilhoso que ocupamos gratuitamente;
mas que – por outro lado – não soubemos respeitar. E teremos que desconstruir o
inferno amaldiçoado que criamos em busca de uma felicidade que estava em nossas
mãos o tempo todo e não fomos capazes de perceber...</div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-50982277320870707462017-04-23T02:20:00.001-07:002017-05-15T17:10:11.959-07:00A pesca predatória no BRasil<div style="text-align: center;">
Colaborador Roberto Rocha</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Absurdo dos absurdos! O BRasil é completamente omisso em suas estatísticas de pesca. Não temos como saber o que é predado pela ganância humana e econômica que está devastando nosso tesouro azul. Se já não bastassem as devastações continentais recentes da Amazônia para cumprir acordos internacionais de exportação de carne e soja, agora estão sendo omitidos - já há alguns anos - também os dados da pesca predatória. Vai ser uma vergonha total a participação do BRasil na Conferência das Nações UNidas sobre OCEANOS em junho deste ano. Imaginem que até conseguiram tirar de circulação por algum tempo a lista de espécies ameaçadas de peixes do BRasil. Em nenhum país sério isso aconteceria. A questão principal não é o aquecimento global como dizem por ai. A questão é a perda de nossa biodiversidade que é absurdamente astronômica, e isso vai comprometer o patrimônio natural nacional, com repercussões gravíssimas para as próximas gerações. Não podemos controlar o clima do mundo mas poderíamos controlar a perda de biodiversidade se isso fosse prioridade urgente urgentíssima. Você sabia que a ONU tem 17 objetivos a serem cumpridos até 2030 e o BRasil tem compromissos a serem cumpridos? Sabia que o OBJETIVO 14 fala exatamente dos oceanos como meta a ser atingida? Sabia que estamos expostos à severas críticas a nível mundial e isso prejudica nossa imagem internacional?<br />
<br />
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável<br />
<br />
Os oceanos cobrem três-quartos da superfície da Terra, contém 97% da água do planeta e representam 99% da vida no planeta em termos de volume.<br />
Mundialmente, o valor de mercado dos recursos marinhos e costeiros e das indústrias é de 3 trilhões de dólares por ano ou cerca de 5% do PIB (produto interno bruto) global.<br />
Mundialmente, os níveis de captura de peixes estão próximos da capacidade de produção dos oceanos, com 80 milhões de toneladas de peixes sendo pescados.<br />
Oceanos contêm cerca de 200 mil espécies identificadas, mas os números na verdade deve ser de milhões.<br />
Os oceanos absorvem cerca de 30% do dióxido de carbono produzido por humanos, amortecendo os impactos do aquecimento global.<br />
Oceanos são a maior fonte de proteína do mundo, com mais de 3 bilhões de pessoas dependendo dos oceanos como fonte primária de alimentação.<br />
Pesca marinha direta ou indiretamente emprega mais de 200 milhões de pessoas.<br />
Subsídios para a pesca estão contribuindo para a rápida diminuição de várias espécies de peixes e estão impedindo esforços para salvar e restaurar a pesca mundial e empregos relacionados, causando redução de 50 bilhões de dólares em pesca nos oceanos por ano.<br />
40% dos oceanos do mundo são altamente afetados pelas atividades humanas, incluindo poluição, diminuição de pesca e perda de habitats costeiros.<br />
<br />
Saiba mais: disponível em:https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-da-onu/<br />
<br />PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-54658651560140033782016-02-02T04:36:00.000-08:002016-02-02T04:37:06.676-08:00O homem branco de origem negra. <div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Colaborador Roberto Rocha<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Os
homens brancos sempre foram brancos? Essa pergunta me surgiu ao assistir um
programa sobre racismo. Qual a origem do racismo? O racismo sempre existiu ou é
uma consequência natural e sociocultural? Se é verdade que o berço da
humanidade é a África, então, todos nós éramos negros no início: uma origem sem diferenciação de fenótipos. A questão da raça, quando estudada do ponto de vista genético, é algo
muito natural entre qualquer espécie. Aprendi que uma espécie pode ser modificada
em algumas de suas características, com base em duas fortes vertentes: a do
potencial genético e da resistência do meio. Se a nossa constituição genética de
um passado muito remoto, era uma só; e vivíamos num mesmo continente, na linha
do Equador, então parece ser fácil explicar que poderíamos ficar por ali, por
muitos milhares de anos, sem grandes variações em nosso genoma original. No
entanto, nossa curiosidade de conhecer o entorno nos fez ampliar, cada vez
mais. os nossos restritos territórios de origem. Em nossas vivências
migratórias, fomos deixando pelo caminho um rastro genético de pele negra
adaptada aos trópicos. Mas a medida que nos deslocamos para o Norte, os
desafios aumentaram. Não estávamos acostumados com tanto gelo. A riqueza da caça
abundante equatorial não era a mesma nas terras boreais. Muitas espécies foram exterminadas pela interferência humana no passado - e continuam sendo até hoje - só que num rítmo muito mais acelerado. Logo perceberíamos que
somente com muita inovação para manejar plantas e animais é que teríamos alguma
chance de continuar a viver em ambientes tão hostis. Por centenas e centenas de
anos a melanina superficial foi diminuindo e a cor da pele foi clareando. Uma
cultura adaptada às exigências do Norte era agora uma questão de sobrevivência.
Tivemos que melhorar a nossa capacidade de caçar, plantar e criar. Algo novo
que não aconteceu com nossos ancestrais das florestas dos trópicos. Os grandes
animais do gelo que lembravam as espécies africanas foram logo exterminados
para servirem de alimento. E agora, o que fazer? Enquanto isso a pele negra que
migrara no sentido da linha do equador continuava a encontrar caça abundante e
sem problemas com o gelo devastador. Duas correntes então se formaram de uma
mesma origem. Os migrantes equatoriais e os migrantes boreais. A vida tropical
é menos exigente e oferece tudo que precisamos. Não há necessidade de grandes
mudanças. No entanto o fato de termos saído da África nos colocou um enorme
desafio que não estávamos acostumados: viver em terras frias. Onde está a caça
abundante de um ano inteiro, a qualquer momento, de dia e de noite? Em terra ou
nos rios? Nas praias arenosas e nos mangues, ricas em moluscos, crustáceos, e
uma infinidade de peixes? O homem do Norte ficou um tanto desolado com pobreza
de vida, mas sabia como plantar e colher mesmo em pequenos períodos. Aprendeu a
guardar o alimento e ampliou sua capacidade de sobreviver, invadir e se adaptar
à nova realidade. Talvez seja esta a principal diferença entre os homens negros
que tornaram brancos e os homens sempre negros. Foi uma questão ecológica e
cultural. A necessidade faz a hora ou a hora faz a necessidade? Os indivíduos
que não souberam se adaptar as novas exigências, sucumbiram. Outros, voltaram
para a linha do Equador. Mas alguns ficaram. E por muitos anos aprenderam
técnicas novas de se organizar e de observar o que havia nas proximidades. O
homem equatorial não precisou se esforçar tanto. Bastava saber caçar e pescar
num mundo abundante de vida, os trópicos. O povo do gelo teve que “inventar”
novas moradias e se especializou em engenharia de sobrevivência. Foi um passo
enorme. No entanto, uma vez aprendida a lição seria mais fácil ampliar suas
populações por uma vasta área ainda virgem, embora um tanto pobre, se comparada
com as terras tropicais. Se observarmos a maneira com que o homem brando ocupa
as terras, vamos encontrar uma estrutura mais “pensada” do que as que são
usadas pelas tribos da África e da America do Sul. Enquanto o povo dos trópicos
concentrou sua cultura na caça, o homem do Norte concentrou sua cultura em
sobreviver em ambientes hostis. Seria coerente pensar que o homem do gelo tivesse
uma maneira diferente de pensar e de agir, quando comparado com o homem
tropical. Quando se diz que não existe diferença entre a inteligência do negro
e do branco, isso parece ser verdade, porque os desafios foram diferentes ao
longo da história antropológica. Se todos os homens negros iniciais tivessem
ficado no Norte, todos eles teriam os mesmo desafios e uma cultura mais
semelhante. Mas isso não aconteceu. O homem do gelo foi obrigado a perceber o
mundo de uma forma diferente e a conviver com modelos diferentes daqueles dos
trópicos, que fizeram parte da sua história inicial. As savanas são áreas
abertas e ensolaradas. A pele negra ajuda a proteger a intensa radiação solar.
Mas se o homem negro passar a morar em locais mais abrigados, sob a copa das árvores
da floresta equatorial, é muito possível que a sua pele não precise de tanta
melanina, e fique mais “acobreada”. Seriam eles os nossos indígenas
brasileiros? Não foi a toa que chamaram os europeus de “homens brancos”. Mas
vem a pergunta: mas na África nós temos também florestas equatoriais! Porque os
homens negros não clarearam nas florestas chuvosas da África? Por que
preferiram viver lá, predominantemente nas áreas abertas? Seria por causa dos
predadores? Concorrência com outras espécies de florestas mais fechadas? Será
que existiram “homens brancos” na África? Como explicar a existência de uma
mesma espécie – <i>Homo sapiens</i> – com
três fenótipos diferenciados: de pele negra, de pele vermelha e de pele branca?
As recentes pesquisas sobre a trajetória histórica da espécie humana e suas
adaptações podem nos ajudar a esclarecer tais diferenças.<o:p></o:p></span></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-38667667253084151932015-08-08T02:30:00.000-07:002015-08-08T02:44:06.470-07:00A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Book Antiqua, serif;"><span style="font-size: 14.6666669845581px;">Colaborador </span></span><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;">Roberto Rocha</span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> Biodiversidade é um termo que vem ganhando grande
repercussão nos últimos anos. Esse fato decorre da preocupação mundial, cada
vez maior, em garantir recursos naturais básicos para as gerações futuras.
Estima-se que até o final do século XXI o planeta perderá grande parte de sua
riqueza biótica, o que representa séria ameaça econômica. Plantas e animais são
recursos renováveis desde que mantenham suas populações geneticamente viáveis.
A polinização das flores e a dispersão de sementes, por exemplo, são fenômenos
naturais em grande parte envolvendo animais invertebrados e vertebrados de
diversas espécies, garantindo assim a sobrevivência das florestas. No entanto esse
"reflorestamento natural pelos animais" – mais adequadamente
conhecido como “serviços ecossistêmicos” - não costuma ser evidenciado,
dando-se preferência ao plantio de mudas e sementes exóticas "pelas mãos
do homem”, o que deve também ser organizado através da criação de hortos
municipais, sem menosprezar o "trabalho" dos organismos nativos em
geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> As florestas contribuem para a contenção dos processos
erosivos - evitando enchentes e desabamentos - amenizam a temperatura nos
grandes centros urbanos, produzem uma série de princípios curativos muito
usados pela população, fornecem madeiras para diversos fins, essências, fibras
e óleos. As florestas são organismos vivos e dependentes, onde os animais NÃO
VIVEM NELA SOMENTE, MAS FAZEM PARTE DELA E SÃO FUNDAMENTAIS PARA SUA
SOBREVIVÊNCIA. Justamente por esse motivo é que precisamos conservar nossa
biota porque todos esses organismos trabalham gratuitamente para nós,
incessantemente. Profissional e tecnicamente falando, quem melhor para
recuperar e manter as florestas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI7vy2OYkgK6E-kNJg_I_d4eV2lSynVS1l_-Jd4IMfOBJED6BZuccNcBYoxKLxNMjOnNYKm3Zsk1A1oA5gpAnP5xD8my6C17-uLcqndLEPsIVaHMC6awrAebjvCsmc0Jkxjhr2W-4N23w/s1600/Tabini_Egretta%252520caerulea2-copy+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI7vy2OYkgK6E-kNJg_I_d4eV2lSynVS1l_-Jd4IMfOBJED6BZuccNcBYoxKLxNMjOnNYKm3Zsk1A1oA5gpAnP5xD8my6C17-uLcqndLEPsIVaHMC6awrAebjvCsmc0Jkxjhr2W-4N23w/s320/Tabini_Egretta%252520caerulea2-copy+%25282%2529.jpg" width="252" /></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> Outro assunto
importante e que tem a ver com a biodiversidade é a conservação dos recursos
bióticos que existem nas coleções das águas doce, salgada e salobra. Só mais
recentemente é que os invertebrados foram considerados em nossas listas de
espécies ameaçadas. São seres bem diferentes daqueles que vivem nas florestas
de terra firme, nem por isso menos importantes. Rios, lagos, lagoas,
manguezais, estuários, mares e oceanos, fornecem uma incrível quantidade de
proteína para as populações humanas de diversos continentes do planeta. E
embora os peixes façam parte da fauna – porque são zoologicamente assim
classificados – você encontra esses organismos sendo comercializados em feiras
e mercados sem que isso seja percebido como uma transgressão legal, embora seja
proibida por lei que os animais pertencentes ao patrimônio nacional sejam explorados
pela sociedade sem estudos e autorizações cientificamente orientadas. As
estatísticas brasileiras sobre o volume de peixes capturados na costa atlântica
brasileira são incompletas e falhas. Carecemos de equipes especializadas em recursos
marinhos. Estamos exterminando espécies que não chegaram nem mesmo a ser
classificadas, totalmente desconhecidas. Daí a necessidade de nos preocuparmos
com a boa qualidade da água e os perigos da erosão e assoreamento nesses
ecossistemas, porque somente livres de poluentes e de outras alterações físicas
é que poderão manter e permitir a reprodução das populações vegetais e animais
que dela dependem, tanto ou mais do que nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> Apesar de termos conhecimento do valor desses recursos - e
do mal que lhes temos causado - muito pouco temos realizado para reverter a
atual situação. Precisaremos, urgentemente, acelerar esse processo de
restauração ambiental para resguardar a nossa própria sobrevivência, seriamente
ameaçada. Assim, torna-se necessária a real participação governamental,
especialmente a nível do município porque está mais próximo dos problemas e
pode melhor controlá-los. Muitas vezes, mais do que recursos financeiros e humanos,
o que falta realmente é a vontade política, que desencadeia as demais. Os
municípios precisam se organizar melhor para atuar em seus ecossistemas,
preservando-os ou recuperando-os, ao invés de esperar somente que o Estado
resolva a maioria de seus problemas, como normalmente acontece. Para orientar
procedimentos e outros atos oficiais esperados por parte das Prefeituras,
estamos apresentando as seguintes sugestões:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;">1-
Que os assuntos referentes ä flora e ä fauna sejam tratados em conjunto sob o título
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 2- Que os ecossistemas que ultrapassem os limites
políticos do município sejam estudados e manejados em conjunto com os
municípios vizinhos, para que não haja descontinuidade e desigualdade de
tratamento nos assuntos ecológicos - que desconhecem limites
político-geográficos. Normalmente as bacias e micro-bacias hidrográficas são as
unidades aconselháveis para desenvolver estudos e planos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 3- Que sejam criados e considerados prioritários
SERVIÇOS, DIVISÕES E DEPARTAMENTOS, que atuem sobre o tema BIODIVERSIDADE
MUNICIPAL, o que não impedirá ações em conjunto com universidades, organizações
não governamentais, associações de moradores, entidades religiosas, clubes de
serviço e outros segmentos da sociedade que possam colaborar nesse trabalho
integrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 4- Que as equipes que fiscalizam o uso dos recursos
naturais do município, sejam treinadas nos temas ambientais onde deverão atuar,
para o adequado desempenho de suas funções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 5- Que o orçamento municipal priorize recursos
financeiros para equipar e manter as equipes de fiscalização e auditoria
ambientais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 6- Que para seleção de áreas a serem protegidas sejam
consideradas não somente aquelas
indicadas pelo Estado como Unidades de Conservação, mas também quaisquer outras que sejam vitais para a
manutenção da boa qualidade de vida do
município.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 7- Que a fiscalização seja rigorosa nas áreas que sofrem
pressões fortes com destruição de formas jovens de animais, suas larvas e ovos,
como é o caso das ilhas, praias, costões rochosos, manguezais, lagunas, brejos,
etc. A poluição, na maioria das vezes, mata muitos animais microscópicos que não são visíveis a
olho nu. A quantidade desses seres é infinitamente maior do que todos os
adultos que podem ser colhidos mortos ou fotografados para notícias em jornais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 8- Que na delimitação de áreas de importância ecológica
para a flora e a fauna se dê prioridade àquelas que possuam maior extensão e
continuidade de cobertura vegetal, sem maiores interrupções entre elas. É
preciso também lembrar que áreas degradadas não são sinônimos de áreas
irrecuperáveis, devendo essas serem também consideradas para a salvaguarda de
recursos naturais, mesmo que se tenha que atuar alguns anos para resgatá-las,
como é o caso de manguezais e restingas que foram perturbados ou seriamente
modificados em suas áreas de origem. Para tal, se estimulará a regeneração
natural através de cuidados e técnicas
diversas, além do plantio de sementes e
mudas, entre outras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 9- Que no monitoramento dos impactos ambientais causados
pela poluição atmosférica, hídrica, do solo etc, sejam incluídos também os
malefícios que causam sobre as plantas, animais selvagens e seus ecossistemas,
e não somente em relação ao homem, porque se o equilíbrio biológico ficar
prejudicado as consequências redundarão em prejuízos humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> 10- Que ao lado de ações fiscalizadoras e punitivas seja
implantado um amplo programa de educação ambiental no município desde a
pré-escola, de modo a atingir o maior número possível de públicos, incluindo-se
neles, principalmente, os empresários e políticos locais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 11pt;"> Eis aí os 10 princípios básicos que sugerimos cuja
viabilidade dependerá, fundamentalmente, da sensibilidade dos poderes
decisórios municipais e da própria comunidade em relação ä causa conservacionista.
O mais é sair do discurso para a prática, de modo que os lucros auferidos
passem a ser contabilizados sob uma nova forma de investimento, que muito mais
que valores financeiros acumulam reconhecimento público, seriedade
administrativa, respeito ao próximo e à
vida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-79867826526821179632015-03-28T05:33:00.001-07:002015-03-28T05:44:41.014-07:00Ainda em París?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTVrIlALwQRxk43cQuYEp6iuOv3NNXPAmvIMoND8DB6Arz_7qpg8WQnPMFddxuzYU-r7pbmSxR_GmABuZ8E_wuzfFJlzFoP2jKl9DkD6u1Q6XdhCn9fPAX8Jwg5slVXHpY2IE5R6vSfo8/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTVrIlALwQRxk43cQuYEp6iuOv3NNXPAmvIMoND8DB6Arz_7qpg8WQnPMFddxuzYU-r7pbmSxR_GmABuZ8E_wuzfFJlzFoP2jKl9DkD6u1Q6XdhCn9fPAX8Jwg5slVXHpY2IE5R6vSfo8/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #414042; font-family: tahoma, arial; font-size: 12px; line-height: 22.8000011444092px;"><br /></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #414042; font-family: "Blackadder ITC"; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">Colaborador ROBERTO ROCHA</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #414042; font-family: "Blackadder ITC"; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 18.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #414042; font-family: "Blackadder ITC"; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">A insensibilidade e a ignorância em relação às
questões de preservação do nosso patrimônio é facilmente explicável porque os
atuais ditos “brasileiros” que estão no poder empresarial são na verdade
“europeus em terra estranha”; muitos deles mestiços, porque seus ancestrais
recentes se acasalaram com negros e índios. Indígenas (brasileiros autênticos)
e africanos não mestiços (também autênticos), representam o melhor grupo humano
que compreende o valor do equilíbrio ambiental tropical, porque possuem tradições
milenares. E a nossa tradição brasileira – construída a partir de estratégias de
países do gelo – qual é? Em pouco mais de 500 anos, nosso equivocado modelo de
uso da terra mostrou seus erros. Os índios, “ditos incivilizados” – porque não
acompanharam a “civilização” dominante da Europa – foram exterminados para que
novas populações exóticas ocupassem o mesmo espaço, alardeando seus modelos de
exploração. Os índios não “exploram”: eles “convivem”! Os indígenas preservaram
nossas florestas, rios, praias, lagoas e tudo que se possa imaginar, durante
“milhares de anos”. Lamentavelmente não valorizamos a nossa (?) própria
história. O que somos hoje? Fruto de um modelo da idade moderna,
antropocêntrica, que – apesar do apelo da época (que gritava nas ruas da França
pela liberdade, igualdade e fraternidade) – estimula a ausência do Estado nas
questões fundamentais e privilegia fortemente o privado para interferir no que
é público. É verdade que estamos hoje num caminhar doloroso, aprendendo com
nossos graves erros do passado, tentando consertar parte do que ainda tem
conserto. Mas como consertar a alma? O sentimento de perda vai ficar. A ferida
pode até fechar! Pode não doer mais. No entanto, não podemos esquecer que nosso
DNA original está vivendo aqui como exótico e invasor. Trouxemos conosco nossos
acompanhantes também exóticos e invasores (boi, cavalo, porco, cachorro, gato,
galinha etc). Que justamente por isso, temos uma enorme dificuldade de entender
a estratégia indígena de ocupação e uso do espaço. Que justamente por isso
somos incompetentes em lidar como a gestão de ecossistemas tropicais. O Rio de
Janeiro do início do século XX parecia Paris. As pessoas (os privilegiados) se
vestiam como se estivessem na Europa. Somos uma continuação deles. Precisa
dizer mais?</span><span style="font-family: "Blackadder ITC"; font-size: 22.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-47969676522080899132014-12-19T05:04:00.000-08:002014-12-24T11:07:59.342-08:00Sustentabilidade: a saída, onde está a saída?<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #3f4549; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 115%;">Colaborador Roberto Rocha</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #3f4549; line-height: 115%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acho que nosso maior desafio é compreender que
nós não somos "gente" como todo mundo acredita. Somos apenas um
conglomerado provisório de partes dos diversos compartimentos do planeta
(atmosfera, hidrosfera, geosfera) organizados conforme cada genoma particular.
Temos sim uma outra parte cósmica, pensante. Mas a nossa cultura egoísta
deturpou o conceito de que pertencemos ao todo. Pensamos e agimos -
equivocadamente - como se fôssemos criaturas independentes da natureza.
Esse erro nos torna, falsamente, poderosos demais; e nos incentiva a interferir
nos sistemas sem maiores cuidados. Ocorre que a nossa capacidade de intromissão
é outra ilusão. Nós não podemos salvar o planeta. Precisamos salvar a nossa
pele, enquanto "ELE" está nos tolerando. É possível que chegue
um ponto em que Gaia não nos tolere mais, e nos elimine com alguma onda de
vírus letais ou de "desastres" corretivos. Nada incomum. A química
dos compartimentos já mudou diversas vezes na história dos bilhões de anos do
planeta. E nós - que chegamos aqui no outro dia - arrogantemente, nos colocamos
com "criaturas especiais". Pobre homem! Pobre intenção. Quando é que
vai cair a ficha? Os modelos de funcionamento dos serviços dos ecossistemas são
nosso norte. Não temos que inventar mais nada. Precisamos apenas observá-los e
aprender com eles. Quem está interessado nisso num mundo capitalista? Num
contexto materialista e que coloca o homem como centro do mundo? O homem não é
centro! É parte. Frágil, dependente, efêmero. Este pode ser um caminho. </span></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-86111568122883470852013-06-30T04:40:00.001-07:002014-04-02T06:35:33.169-07:00A luz e a escuridão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfD-rmI9dwrV7qpYKtsBkOx8YmBTl0tLFL3Drbn-WEiGDe2toDJMcrUebjCuzUU7LB4vzKKyalXd18u-E2fCflBQrCXH2MUGnFT2Oo9XJzzkq4Y3qUqyeCNFdrSPq6Njmvk2n0hrsw-iI/s428/591326main_image_2068_428-321.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfD-rmI9dwrV7qpYKtsBkOx8YmBTl0tLFL3Drbn-WEiGDe2toDJMcrUebjCuzUU7LB4vzKKyalXd18u-E2fCflBQrCXH2MUGnFT2Oo9XJzzkq4Y3qUqyeCNFdrSPq6Njmvk2n0hrsw-iI/s428/591326main_image_2068_428-321.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
Colaborador Roberto Rocha</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando dizemos que o Sol nasce no Oriente e morre no Ocidente, todos os dias, isso não é uma verdade. É apenas a nossa ilusão de perceber o mundo, incorretamente, parcialmente. E quantas vezes já tomamos decisões em nossas vidas com base nessas percepções ilusórias? Nada nasce ou nada morre! O que temos é uma transformação e fluxo. São ciclos que se repetem como o pêndulo que vai e que tem que voltar; procurando o centro, o equilíbrio. No entanto, a força inicial que o desloca, sofrerá pressões e interferências, até que ele pára. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O Universo se expande como se ele estivesse indo para algum lugar infinito. Mas não chegará até lá! Num dado momento em que atingir sua expansão máxima ele terá cumprido sua missão. Como a chama de um fósforo que explode em energia, logo se estabiliza, e no final se apaga. Acender um fósforo é compreender o que acontece com o universo. O que acontece ali nos faz refletir sobre a vida em geral e a nossa própria vida. Será que temos uma real noção de como usamos nosso breve momento energético? Procuramos ser úteis e felizes nessa breve explosão chamada vida? Curtimos cada momento repartindo o amor e a compreensão? Ou ficamos estacionados no passado? Que perda de tempo! Justamente quando sabemos que viver é uma dádiva; uma oportunidade ímpar para a nossa própria evolução (=expansão?). A breve centelha logo se apagará! E o que será que ele energizou em nossa volta até então? Bondade? Tolerância? Amorosidade? Generosidade? O que, afinal? </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando amanhecer: olhe para o Sol! Compare-o com a sua vida. Perceba que ele vai amanhecer no Leste e entardecer no Oeste. Que seu brilho mais intenso (conforme nossa percepção) será ao meio-dia. Depois, a intensidade luminosa começará a diminuir (outra vez, apenas a nossa percepção). E então, tudo escurece, como numa floresta sem humanos e sem luzes artificiais. Esse breve momento nos ensina uma lição: aproveite o seu dia iluminado! Não o consuma ruminando desafetos e sofrimentos. É uma opção nociva de viver. Um desperdício é um desrespeito à dádiva de existir e de estar no mundo. Agradeça tudo o que vier e o que virá, até que o poente se apresente. Acredite que amanhã você terá outra oportunidade de tentar, caso não consiga, iluminar outra vez o seu mundo particular. Tenha esta certeza como o Sol voltará para você uma vez mais. Ele estará lhe dizendo: não desista! Tente outra vez! O próprio Sol nos diria: "eu vivo nascendo e morrendo, a cada dia e a cada noite, na esperança que o mundo acorde e durma em paz. Não tenho nenhuma certeza disso! Mas eu sempre volto e ilumino a todos, sem restrições. Alguns se escondem de mim, e permanecem nas sombras, em cavernas escuras. Outros me olham rapidamente, e logo se retiram para suas tocas seguras. Não me importo! Ofereço a cada um a oportunidade de decidir o seu dia. Sem pressões. Se não mudar nada, voltarei amanhã, outra vez, como faço há muito tempo, desde que comecei a me expandir". Como vemos, apesar da disponibilidade do Sol, só nos tornaremos melhores se desejarmos mudar algo em nossa vida, por nossa própria conta, ou com a ajuda de outras pessoas. O Sol ainda vai se manter acesso por alguns milhões de anos, com ou sem a nossa presença. O que recebemos dele é apenas um breve punhado de energia que se dissipa em nossa provisória matéria geneticamente organizada. Em breve, teremos que devolver tudo isso ao todo. Nos diluiremos no todo uma vez mais. Não sei para onde irá parte da minha água ou dos sais do meu corpo. Quem sabe para um oceano! Ou para o osso de uma ave! Talvez em algum verme do solo! Ou na estrutura de um vírus! Mas uma coisa eu sei: o Sol nascerá outra vez! Dará nova chance para todos que desejarem recomeçar alguma coisa. Corrigir algum desvio; perdoar alguém! Se não for hoje, poderá ser amanhã. Mas com certeza o Sol estará lá, o tempo todo; com seus raios vibratórios, estando eu alegre ou triste. Ele cumprirá seu papel de oferecer luz. A partir de seu exemplo, eu devo fazer o mesmo; inda que não tendo a sua magnitude e nem a sua benevolência. Sou um pequeno sol, com uma pequena chama. Com ela vou escolher novos caminhos, que antes eu não via. Vou imitar o Sol. Sair da noite e conhecer o dia. Clarear o entorno com a minha pequena luz. Quem sabe, nessa busca, eu também possa orientar alguém a sair da escuridão... </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
(RRS, 3 jun. 2013)</div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-47969300827097592952012-12-29T05:39:00.000-08:002012-12-29T05:48:59.199-08:00Pensando num futuro já.<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPrpdv3X7SCn2p61ToHpoirqtwn_uue3vxSrAdxaQ8X037ZFXPTKDkEegUqsrOjZfOMcceiv7cqxD5A3dwzZczT1VbmftbuKFdFChTehfDE-DfP4tu_ct8905PmUfR-KgVGpdGsY1IkYo/s1600/Di%C3%A1logos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPrpdv3X7SCn2p61ToHpoirqtwn_uue3vxSrAdxaQ8X037ZFXPTKDkEegUqsrOjZfOMcceiv7cqxD5A3dwzZczT1VbmftbuKFdFChTehfDE-DfP4tu_ct8905PmUfR-KgVGpdGsY1IkYo/s400/Di%C3%A1logos.png" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Colaborador: Roberto Rocha</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Como o mundo realmente não acabou, fico muito satisfeito em continuar a curtir tudo o que eu gosto e a estar sempre disposto a ver as coisas desagradáveis como caminhos de aprendizagem em vez de motivos de sofrimentos e lamentações. Sofrer por sofrer não muda nada. Alias, muda sim: a minha cara e a minha disposição para estar no mundo. Andar com a cara triste e amarrada só afasta as pessoas. Se desejar fazer alguém feliz, comece por você! A felicidade se irradia. Nesse momento conturbado do planeta estamos precisando de pessoas otimistas e alegres, bem humoradas. É uma questão de condicionamento e de desejar estar assim. Nosso livre arbítrio nos deixa à vontade para decidir o que queremos fazer de nossas vidas. Se formos pessimistas, assim será a sua vida. É certo que a vida não é um mar de rosas, mas também ninguém se aguenta banhando-se em fogo e sangue. É como fôssemos um rio a alimentar um grande oceano. Se agora só depositamos mazelas, teremos um mar de mazelas no futuro. Inda bem que tem gente que derrama somente coisas boas nesse oceano e as mazelas podem ser até diluídas. É um bom momento para perguntar: o que você tem derramado no oceano do mundo? Entendo que seu oceano particular possa ser sujo e mal cheiroso. Mas quando vamos derramar algo no mundo, vem a preocupação de que devemos respeitar o "outro". Nesse final de 2012, dizem que termina um ciclo longo para iniciar um outro, certamente promissor e transformador. Ninguém aguenta mais os absurdos que imperam na Terra: as desigualdades sociais, a exclusão, a ganância, o desrespeito ao próximo e tantos outros. O mundo globalizado está ruindo porque não soube administrar o seu próprio paradigma. A busca por um PIB cada vez mais alto deixou os países desenvolvidos cegos nos próprios caminhos que construíram sem maiores cuidados. A sociedade está mudando. Não está mais aceitando imposições incoerentes e descomprometidas. Os próximos anos serão decisivos para traçar um futuro mais equilibrado e menos agressivo. Se não for por motivos econômicos e sociais será por motivos ambientais, tipo aquecimento global ou algo semelhante. De que vale tanta tecnologia se ela não é capaz de controlar os desastres do mundo. Podemos apenas "prever e registrar" o tempo de hoje ou de alguns dias. Simulações podem ajudar mas há sempre um fator de erro embutido nelas. Com toda a parafernália atual não somos capazes de deter um terremoto ou um tsunami. Ventos de 150 km brincam com as nossas frágeis estruturas. Resta rezar os entes queridos. O lema mais importante para a economia deveria ser: quanto "mais complexos" forem os sistemas naturais, mais lucrativos eles serão para TODOS. A questão é que o lucro perseguido nos últimos séculos tem sido apenas para ALGUNS, com base na "simplificação". Florestas inteiras são destruídas para a implantação de monoculturas e pecuária, numa demonstração equivocada de modelo "produtivo". Ora: o que será mais produtivo do que uma floresta inteira? Com milhares e milhares de espécies? Guardando água em seus corpos minúsculos como se fossem um verdadeiro oceano terrestre! Oceano terrestre sim! Já pensou nisso! Existem rios que voam e oceanos terrestres! Estranho não é? Precisamos inovar e pensar "diferente" do que nos dizem por aí. Pensar é preciso! Refletir é preciso. Para que não tenhamos a desconfiança de que estamos sendo cúmplices de um grande crime planetário, anestesiados ou não, mas que será cobrado por nossos netos e bisnetos. Boas reflexões para 2013... </div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-85135514364967787452012-09-23T07:24:00.003-07:002012-09-23T07:43:18.622-07:00Falando de gerações e de emissões<div style="font-family: "times new roman","new york",times,serif; font-size: 16px; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Colaboradora Roberta Cordeiro da Cruz</span></b></div>
<div style="font-family: "times new roman","new york",times,serif; font-size: 16px; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Muitos de nós já ouviram falar que no século passado, na época em que nossos avós eram bem jovens, o clima não era da forma como hoje se apresenta. As estações eram mais facilmente reconhecidas por suas características bem definidas. Nossos ascendentes conseguiam até prever, com certa precisão, acontecimentos climáticos de menor importância e assim tinham como planejar melhor pequenas decisões.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDd0PZlIo5lEja4hXBVz3hxmOLPe58kAcrcGCqHIlwIJMb6sAyh15n0N2P0RSuo8QXkk-Mznt0yVvEFJwXP2S5sTg_32kU4djaDWZ3nPanfq3A5MSQehyphenhyphen86EBn7Azb07rJw9twBte-e7w/s1600/Entre+gera%C3%A7%C3%B5es+e+emiss%C3%B5es.+RCCruz+.+23+set+2012.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDd0PZlIo5lEja4hXBVz3hxmOLPe58kAcrcGCqHIlwIJMb6sAyh15n0N2P0RSuo8QXkk-Mznt0yVvEFJwXP2S5sTg_32kU4djaDWZ3nPanfq3A5MSQehyphenhyphen86EBn7Azb07rJw9twBte-e7w/s200/Entre+gera%C3%A7%C3%B5es+e+emiss%C3%B5es.+RCCruz+.+23+set+2012.png" width="200" /></a><b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Decorrido menos de um século entre nossas gerações, já não podemos ter a mesma certeza de como será o tempo no dia seguinte, mesmo com toda a tecnologia avançada que dispomos atualmente para a previsão de furacões, tempestades, etc.</span></b><br />
<strong></strong><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span><br />
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Mas o que está faltando para que o homem possa “dominar” as intempéries dos dias que virão?</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">O homem moderno deixou sua conexão com os elementos naturais e passou a ser altamente dependente da tecnologia que produziu.</span></b><br />
</div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Hoje, o “homem do campo” ─ aquele antes conectadíssimo com a natureza ─ é tão dependente desta tecnologia moderna que passou a ser apenas um “homem no campo”.</span></b><br />
<strong></strong><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">E os raios?! Ah! Os raios...</span></b><br />
<strong></strong><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">No Brasil, segundo os dados do INPE, metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro apresentam uma quantidade de raios muito superior aos dados do século passado. Isso sem mencionar a quantidade de descargas elétricas que partiram do solo em direção às nuvens! </span></b><br />
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b><br />
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Os fins de tarde têm apresentado, com frequência, rajadas fortíssimas de vento que balançam janelas e provocam, em poucos minutos, a queda de árvores centenárias, problemas na fiação dos postes e muito mais. As previsões feitas por esses cientistas afirmam que até o final deste século teremos o dobro de enchentes de grandes proporções o que acarretará problemas das mais variadas ordens.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Seria uma resposta de GAIA aos seus parasitas?</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Uns afirmam ser o tal aquecimento global o culpado por todas as alterações climáticas que aí estão, enquanto outros (uma minoria) dizem que ele não existe.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Bem, o fato é que evidências científicas mostram dados fiéis que indicam um rápido aumento da temperatura global. Neste contexto, o ser humano é o protagonista da situação perigosa em que se encontra o planeta, e que isso não é apenas mais um processo natural em andamento.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Sim! A Terra passa, naturalmente, por períodos de aquecimento e de resfriamento. São ciclos naturais.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Podemos até continuar a discutir as variações de dióxido de carbono (CO</span></b><b><sub><span style="font-size: 7.5pt; line-height: 11px;">2</span></sub></b><b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">) na atmosfera, relacioná-las às médias de temperatura para um mesmo período passado e compará-las com os dados atuais. Contudo, o que já sabemos é que quando a temperatura global começa a aumentar, a concentração de CO</span></b><b><sub><span style="font-size: 7.5pt; line-height: 11px;">2</span></sub></b><b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"> aumenta também</span></b><b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"> e vice-versa; e esses dois fenômenos se realimentam há séculos e sempre se alternam.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Porém, quando atualmente nos referimos ao aquecimento global não estamos tratando dos ciclos naturais pelos quais a Terra passa. Estamos sim, relacionando os impactos das atividades humanas que incrementam o aquecimento global (artificial e adicional) àquele já provocado por ciclos naturais de resfriamento e aquecimento.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Segundo dados do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), existem hoje 400 ppm* de CO</span></b><b><sub><span style="font-size: 7.5pt; line-height: 11px;">2</span></sub></b><b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"> na atmosfera comparados com 300ppm* nos séculos anteriores à revolução industrial.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Portanto, concluímos que o homem não é quem gera o aquecimento global, que é um fenômeno natural, mas é ele quem contribui, a passos largos, para acelerar este aquecimento.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">A última década apresentou a média de temperatura mais alta da história do planeta e mostra que o clima está mudando rapidamente. É esperado que a temperatura global aumente de 2 a 6 graus Celsius até o final do século.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Então, não podemos dizer, simplesmente, que devemos nos adaptar às mudanças. Temos a obrigação de reduzir significativamente nossas atividades industriais começando por diminuir, imediatamente, o consumismo descontrolado que contribui com grande parcela para essas alterações climáticas. Reformular velhos hábitos pode parecer pouco quanto à contribuição individual que podemos dar, mas se somarmos nossos esforços, o total destas atitudes renovadas nos mostrará que podemos direcionar melhor nosso futuro.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">E o que esperamos para o Brasil? Que os governantes se comprometam, verdadeiramente, na implantação e execução de políticas públicas sérias! Que a educação seja realmente levada a sério! As gerações economicamente ativas, que já se estabeleceram, estão corrompidas e devemos, portanto, reformular o plano brasileiro para o futuro que queremos.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Já parou para pensar no que está acontecendo com a Amazônia, o Cerrado e o nordeste do nosso país? As previsões não são nada animadoras. A floresta amazônica está se transformando em áreas de pastagens tendo sua biodiversidade totalmente arrasada pelo agronegócio. E quem pode afirmar que ela não se transformará em uma enorme savana? Seu clima e, até o de todo o território nacional, pode ser definitivamente alterado. O cerrado é explorado e devastado sem nenhuma responsabilidade e o nordeste, em breve, será uma grande área desértica. Diminuirão as chuvas, e o sudeste e o sul do país também sofrerão severas consequências.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></b> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Há futuro para um sistema capitalista onde a economia está permanentemente em conflito com a natureza?! Como mobilizar pessoas do mundo todo e fazê-las entender que precisamos mudar a civilização atual por uma que tenha hábitos mais sustentáveis? Não precisamos fazer voto de pobreza para que isso aconteça. Talvez uma boa sugestão seja aderirmos ao consumo consciente e uma distribuição de renda mais justa e equitativa entre as diferentes classes da sociedade mundial, para chegarmos a uma única classe.</span></b></div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span> </div>
<div class="im" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">Utopia?!!!! Não! Necessidade. Ou todos, sem exceção, seremos apenas um capítulo indigesto na história de Gaia.</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im">
<span style="font-family: Times New Roman; font-size: small;"></span><br /></div>
<div class="im" style="font-family: "times new roman","new york",times,serif; font-size: 16px; line-height: 18px; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;">* ppm – partes por milhão</span></b><span style="font-size: 11pt; line-height: 17px;"></span></div>
<div class="im">
<span style="font-family: Times New Roman; font-size: small;"></span><br /></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-40970933362696413732012-09-09T04:01:00.000-07:002012-09-29T04:41:58.614-07:00O homem da toca e o homem da oca.<div align="center" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaO65ScN4rb566kP0W2upwozaEHUXPnin1zZ04aJ8nE3p0tsgN0s4yn8rOlmIogjaoMDqsLGY8yD2lQ-KhHarcT8gW_IFzXWJTEsPy9tcR3wspluar72fRdZ_p2YoNqP5Klwj1TLFsUSw/s1600/1-AnthroposX.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaO65ScN4rb566kP0W2upwozaEHUXPnin1zZ04aJ8nE3p0tsgN0s4yn8rOlmIogjaoMDqsLGY8yD2lQ-KhHarcT8gW_IFzXWJTEsPy9tcR3wspluar72fRdZ_p2YoNqP5Klwj1TLFsUSw/s320/1-AnthroposX.jpg" width="298" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
Colaborador Roberto Rocha</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Recentemente, examinando mapas da América do Sul observei que a Amazônia é o principal centro de megadiversidade do planeta. As grandes áreas verdes concentradas ao longo da bacia amazônica me induziram a perguntar: por que o Norte? Por que não o Sudeste? A resposta veio rápida: isolamento e abundância de água ! Perfeito ! Os organismos precisam de água para manter suas trocas metabólicas em meio às organelas, células, tecidos, órgãos, sistemas e qualquer outro tipo de organização viva. Considerando não só o volume mas também a qualidade, poderíamos também incluir o Brasil Central, não fosse o arraso florestal para o agronegócio que descaracterizou boa parte de sua original estrutura. A prática do "arraso" foi trazida para o Brasil pelos europeus, como opção rápida e objetiva para a implantação de culturas de interesse econômico imediato. O modelo dos europeus autênticos - o povo da toca - continuaria a ser usado nos séculos seguintes, desta vez também pelos eurodescendentes, um genoma já diferenciado de sua origem boreal (do Norte) porque a cor da pele, o cabelo, a estatura, a cor dos olhos, o modo de falar, o consumo de alimentos - os mais diversos - teriam um impacto significativo na formação do "brasileiro". Os povos autênticos dos trópicos - o homem da oca - não tinham a preocupação de plantar e colher em grande escala. Não precisavam de dinheiro e nem de acumular bens. Os seus "bancos" eram de madeira, artisticamente trabalhados, com base em tradições milenares, e quem sentava neles eram os tesouros em forma de gente, o pequeno curumim. A sabedoria de muitos séculos era passada para cada um deles, sem escolas formais, nem professores remunerados. Apenas a voz no silêncio da mata; interrompida por algum canto de ave, na observação atenta do entorno, rico em biodiversidade, plantas medicinais, ar puro, solo sem agrotóxicos. Alimentos de cores variadas, animais abatidos, penas coloridas, urucu e jenipapo. Danças, lutas e torneios. Que riqueza! E ainda os chamavam de "incivilizados"! Os mais sanguíneos foram abatidos porque versava na época que eram belicosos e que ameaçavam as aldeias. A idéia de "invasão" de território alheio não era cogitada porque na verdade tratava-se de uma "colonização". Seria certamente algo eticamente correto considerando-se as convicções do momento e do contexto histórico vivido. Podemos hoje criticar tais acontecimentos, mas isso seria inviável para uma Europa que fervilhava em idéias de um tempo moderno. O mercantilismo era a prática do momento. A renascença era algo distante para um país de tradições indígenas de milhares e milhares de anos. Os "índios" viveram aqui todo esse tempo e preservaram todos os nossos biomas. A cobertura florestal brasileira em 1500 era algo invejável. A convivência com a cultura européia modificou drasticamente a biodiversidade brasileira em pouco mais de 500 anos. A cultura africana tribal era semelhante a dos nativos mas também foi influenciada pelos homens da toca, ou homens das cavernas. Essa alusão prende-se ao fato de que os hominídeos primitivos ocupavam as tocas de animais carnívoros porque ali tinham um abrigo seguro onde uma única entrada poderia ser vigiada e defendida com maior facilidade. Os indígenas construíam suas "ocas" com material reciclável, da própria natureza. O brasileiro de hoje é um rico repositório de variados genes e culturas adaptadas. O homem da oca perdeu boa parte do seu território para o homem da toca. Suas pequenas "vilas" foram substituídas pelos tijolos de concreto fumegantes, pela impermeabilização do solo, pela substituição das flores naturais por flores e folhagens de "plástico", perfeitas... Como dizer que todas essas conquistas não nos tornaram mais felizes? Você não é feliz? O que importa se uma cultura de mais de 20.000 anos foi relegada? Nós vencemos! Estamos por aqui com a nossa avançada tecnologia. Com fertilizantes que permitiram explodir a população do mundo e somente um bilhão de pessoas ainda vive na linha da miséria. O aquecimento global é uma invenção de alguns cientistas malucos. Estamos resgatando todas as espécies ameaçadas da Terra. Nossa longevidade aumentou e podemos até substituir nossos órgãos defeituosos originais por peças mecânicas certificadas. Qual o mal de tudo isso? É apenas uma questão de estratégia de sobrevivência! Vence o mais ardiloso. O mais astuto. O mais bem equipado. O mais bem armado. A questão é que um oceano isolou por muito tempo duas culturas distantes, que resolveram seus problemas com modelos muito diferenciados. Infelizmente os europeus, homens da toca e do gelo, não tinham conhecimento da cultura indígena e de sua sábia maneira de explorar os recursos da terra sem ter que derrubar as florestas intensamente. Foi, e continua sendo, o maior equívoco de uso racional de todo um continente. Embora com uma tecnologia avançada não sabemos como cada bioma tropical funciona. O conhecimento e a valorização dos serviços dos ecossistemas ainda não são prioridades dos modelos de produção. Continuamos apostando no NPK e nos agrotóxicos, no desmatamento de florestas complexas para serem substituidas por monoculturas e criação de animais da Eurásia. Sou um homem da toca! Mas tenho um respeito e uma admiração, sem limites, pelos homens da oca. O pó de cada antepassado deles está aqui, com certeza. A água dos seus corpos circula nos rios, nas nuvens e na estrutura de cada organismo desse espaço. Os meus ancestrais ficaram em outras terras, além do oceano, num país frio, ao Norte...</div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-29476321536069513192012-06-01T03:18:00.000-07:002012-09-09T04:20:27.533-07:00Existe uma separação entre o homem e a natureza?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK3KIXtBhJcENAsKOCe2mavABL85OA81InnzeLCitrclS8qZKDGFhWBZbcV3fl6WGX3S2yIuNV9g3DPxPtjLXBa8Hbr8D1KD4R6clKki0n12Xhw9_ck2RDGd7_Pfx8uMocJE9KoMr7ew4/s1600/Homem+e+natureza.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK3KIXtBhJcENAsKOCe2mavABL85OA81InnzeLCitrclS8qZKDGFhWBZbcV3fl6WGX3S2yIuNV9g3DPxPtjLXBa8Hbr8D1KD4R6clKki0n12Xhw9_ck2RDGd7_Pfx8uMocJE9KoMr7ew4/s400/Homem+e+natureza.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Roberto Rocha </b></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyTextIndent2" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
Os hominídeos
da pré-história não tinham o domínio da ciência e das artes como conhecemos
hoje.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No entanto, deviam perceber
nuances da natureza que, nós – <em>Homo sapiens</em> mais “modernos” – esquecemos ou
anestesiamos com luzes e cores muito fortes e apelativas e sinais rápidos e
convincentes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É possível que
ainda na Idade Antiga existisse uma busca pela compreensão do que seria a
natureza, habitada por seres que sentiam (mundo orgânico), e não por peças
frias, como ocorreria nos séculos seguintes.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify; text-indent: 0.3pt;">
<span style="font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A idéia aristotélica de
natureza como algo animado e vivo, na qual as espécies procuram realizar seus
fins naturais, é substituída pela idéia de uma natureza sem vida e mecânica. A
natureza de cores, tamanhos, sons, cheiros e toques, é substituída por um mundo
“sem qualidades”. Um mundo que evita a associação com a sensibilidade (GRÜN,
2000, p. 27).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
O mecanicismo
substituiria essa idéia inicial e novas contribuições seriam incorporadas através
da participação dos grandes pensadores da época, tais como Galileu Galilei
(1564-1642), Francis Bacon (1561-1626), Descartes (1596-1650) e Isaac Newton
(1642-1727). A revolução científica traria contribuições relevantes para
orientar a nova ordem social e econômica.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
A modernidade
teria René Descartes como principal mentor da objetivação da natureza em sua
tentativa de dominá-la e, ao mesmo tempo, manter a autonomia da razão (sujeito).
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
A física
newtoniana, por sua vez, influenciará a educação:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A possibilidade de uma descrição da natureza
estabelecida pelo programa newtoniano não define um simples conceito de
natureza. Esta possibilidade define um modelo de interpretação do mundo
sustentado no modelo explicativo mecânico-causal. O modelo atomístico reducionista
irá estabelecer as estruturas conceituais dos currículos e, mais do que isso,
ele passará a ser a única forma possível de conceber a realidade. De um certo
modo ele passa a ser a própria realidade. Neste período todo um corpo de
saberes ecologicamente sustentáveis é deixado de lado no currículo por não ser
científico, ou seja, por não ser mecanicista (GRÜN, 2000, p. 41</span>).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
Segundo
Prigogine (1991 <i style="mso-bidi-font-style: normal;">apud </i>GRÜN, 2000, p.
57) “a mecânica clássica negou as questões mais “evidentes” que a experiência
das relações dos seres humanos com o mundo suscita porque era incapaz de lhe
dar um lugar”. O abandono do modelo cartesiano-newtoniano na educação e a sua
substituição por práticas mais amplas tornar-se-á uma tarefa hercúlea. Um dos
motivos que explicam esse reducionismo ainda em nossos dias é a dificuldade de
concebermos o meio ambiente como um “todo” preferindo a dualidade fictícia
homem-natureza como se ela fosse real. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
Reigota (1994)
explica que os conceitos científicos sobre o que seja meio ambiente “são de
conhecimento geral pelos pesquisadores”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No entanto, o senso comum também elabora suas
definições com base em preconceitos e ideologias, surgindo assim diferentes
definições sobre um mesmo tema.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
Ao examinarmos
as definições populares que procuram explicar o que seja meio ambiente uma das
mais comuns é: “tudo que nos envolve”!<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Como se nós não estivéssemos fazendo parte do mesmo contexto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Algo que está afastado de nós, como se não
nos afetasse diretamente. Nós estamos aqui, e a natureza está lá! Quando
precisamos dela, nós a usurpamos. Apesar disso, definições mais recentes como a
que foi apresentada no documento de Tbilisi (UNESCO, 1980), inclui os valores
humanos em sua recomendação n. 2: “o conceito de meio ambiente abrange uma
série de elementos naturais, criados pelo homem, e sociais da existência
humana, e que os elementos sociais constituem um conjunto de valores culturais,
morais e individuais, bem como de relações interpessoais no trabalho e nas
atividades de lazer”. Mesmo nessa abordagem mais ampla, o homem não está –
claramente – sendo chamado de “ambiente”, e os elementos parecem estar
classificados em categorias diferenciadas.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
Apesar de
vivermos em pleno século XXI, permanecem ainda presentes diversos conceitos que
procuram explicar um mesmo tema, causando assim alguns equívocos. As leituras
fragmentadas dificultam a compreensão do meio ambiente como um todo. A
abordagem do assunto a partir de uma vertente socioambiental exige uma profunda
reflexão sobre os nossos procedimentos atuais: “os problemas que o
cartesianismo coloca para a educação ambiental são problemas que enquanto não
tratados comprometem as próprias condições de possibilidade da educação
ambiental” (GRÜN, 2000, p. 58).</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ao
afirmarmos “somos ambiente” a mensagem soa mal aos ouvidos porque temos
dificuldades em aceitar que quase todo o nosso corpo é feito de água, sais
minerais, gases e outras substâncias. Nosso orgulho de ser uma criatura
inteligente nos afasta da simplicidade e do banal, por nos considerarmos
especiais. No entanto, é na morte que percebemos nossas reais limitações e
vamos nos juntar à terra outra vez. Voltar a ser um verme, ou um fungo, como
éramos antes de assumir nosso corpo. “Nossa” água e nossos sais vão vagar por
aí. Quem sabe, subir <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelas raízes das
plantas, e se instalar em algum fruto ou folha, que irão fazer parte da
refeição de alguém? Vamos voltar ao pó, de onde viemos! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Enquanto isso não acontece, continuamos
iludidos de que realmente fazemos diferença no mundo. Que o mundo nos pertence
e existe somente para nosso uso e deleite. Na ânsia de criar e produzir estamos
desrespeitando regras de ouro, que nos convidam a viver em harmonia, em
cooperação, mas não exatamente com o extermínio da nossa própria espécie e das
outras, numa competição acirrada pelo poder e domínio. Acordar é preciso! Mas
não de nosso sono corriqueiro.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Precisamos acordar de uma <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>viagem
equivocada que se dirigiu para um ponto fictício, onde corremos um grande risco
de chegar e encontrar nele apenas decepção e sofrimento. </div>
<br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></b></div>
<br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p> </o:p>GRÜN, Mauro. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ética
e educação ambiental</b>: a conexão necessária. 3 ed. São Paulo: Papirus, 2000.</div>
<br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
REIGOTA, Marcos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O
que é educação ambiental</b>. São Paulo: Brasiliense, 1994.</div>
<br />
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; layout-grid-mode: line; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">UNESCO (United Nations Educational, Scientific and
Cultural Organization). </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="ES-TRAD" style="font-size: 12pt; layout-grid-mode: line; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">La educacion ambiental</span></b><span lang="ES-TRAD" style="font-size: 12pt; layout-grid-mode: line; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">: las grandes orientaciones de la Conferencia de
Tbilisi. </span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; layout-grid-mode: line; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Paris: ONU, 1980. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><strike></strike></span></span><br /></div>
PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-45499977995559744532012-05-06T12:14:00.000-07:002012-05-06T12:34:52.410-07:00As florestas: modelos complexos de organização, sobrevivência e uso do espaço.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg486KZt_10USpAMt_HjvGiu_ZLLayX8GRHCAm2X8i6UU3kuoLHvqyDAGLH68nboWYquA7ibYs3gUb6IO_bBZ3DFSelltNP7niI0khTz1CfB6bDe-UHPssnMX1I8dftywd6GK46lz8hVtg/s1600/Floresta.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg486KZt_10USpAMt_HjvGiu_ZLLayX8GRHCAm2X8i6UU3kuoLHvqyDAGLH68nboWYquA7ibYs3gUb6IO_bBZ3DFSelltNP7niI0khTz1CfB6bDe-UHPssnMX1I8dftywd6GK46lz8hVtg/s400/Floresta.png" width="400" /></a></div>
<div align="center" style="text-align: justify;">
</div>
<div align="center" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;">Ao penetrarmos numa floresta é
comum sentir uma sensação de algo um tanto estranho aos nossos olhos tão acostumados
com as linhas retas do concreto e o preto das impermeabilizações betuminosas.
As florestas nos dão a sensação de paz e a presença de energias suaves que nos
convidam à meditação e à aproximação com o sagrado. O ar úmido e ameno não nos
lembra o ambiente das avenidas movimentadas e o barulho de conversa alta ou aos
gritos, para chamar a atenção de algo supérfluo e dispensável. Na floresta o
silêncio é uma questão de sobrevivência. Cada canto, cada som e cada ruído, têm
um significado e uma mensagem para quem possa percebê-los. As cidades também
são cheias de ruídos, muitos sons, numa parafernália que se apresenta como
organizada, mas que retrata uma desesperada necessidade de convencimento de que
algo é indispensável a sua vida. Nas florestas não existem apelos. Os
nascimentos e as mortes ocorrem de modo imperceptível, fora alguns gemidos, com
o mínimo de alardes nesses acontecimentos tão especiais. Nas cidades temos
lugares para nascer e para morrer, chamados de maternidades e cemitérios. Não
existem cemitérios em lugares especiais nas florestas. O conceito de cemitério
é do homem. Com epitáfios e monumentos, ou apenas envolvido num pano barato,
acomodado num buraco raso, com ou sem lágrimas. Nascer e morrer numa floresta é
reciclar matéria e fazer fluir a <span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">energia, sem grandes sentimentos. Alguns insetos
sociais possuem comportamentos semelhantes aos dos homens, como as formigas, em suas cidades de
barro, com túneis escavados, depósitos de alimentos, ventilação etc. Muitas
coisas nós poderíamos aprender com elas. Quando se movem, parece haver um
maestro invisível que comanda a todos, sem erros. Não há lixo nos caminhos. Os
resíduos são todos imediatamente tratados para o bem-estar de todos, como uma
necessidade urgente. Algumas cidades possuem também seus sistemas sanitários,
mas nem todos são tão eficientes. Do ponto de vista social somos um tanto
diferentes das formigas e de outros animais porque lidamos com questões morais.
Por exemplo, nossa cultura nos impregnou com a idéia de que urina e fezes são
abomináveis, causam mau cheiro, não são agradáveis de ver. Os animais às vezes
também urinam em determinados locais, mas não se preocupam com atentados ao pudor. Esvaziam
suas bexigas por razões gravitacionais e fisiológicas como nós, e todos aqueles
nutrientes serão logo usados por outros seres menores, como alimento. Dejetos
são alimentos! Criam novas vidas. São verdadeiras dádivas divinas nas florestas,
que alimentam milhões de decompositores que não vemos. Nas cidades os dejetos
são repudiados. Mas já temos alguns humanos que aproveitam esses resíduos
pastosos para produzir gás e como fertilizantes naturais. A floresta faz isso
há milhões de anos. Nós é que não valorizamos tais soluções. Intitulamo-nos civilizados
e inovadores, mas apenas copiamos o que outras criaturas “insignificantes” já
sabem fazer com sucesso absoluto. Mas como explicar ao nosso ego que somos
frágeis e ignorantes? Que somos apenas copiadores imperfeitos e envaidecidos? Da
Vinci já sabia disso. O gênio foi um imitador perfeito da natureza, ela sim, a
verdadeira fonte de soluções e modelos para nos ensinar o que fazer e como
resolver situações que afligem a nossa espécie.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Nas florestas ninguém é superior a ninguém. Todos possuem as mesmas
chances para serem convidados a fazer parte da “festa da natureza”. Cada um tem
seu espaço e sabe o que fazer nele. Respeita o outro. Pode até mesmo matá-lo, mas
não existe nisso nenhuma maldade, nem crime, nem ódio ou desavença guardada. As
florestas são lugares sagrados e todas as suas criaturas são deuses. A floresta
funciona como uma orquestra de milhões de músicos, cada um tocando um
instrumento diferente, ao mesmo tempo; mas ninguém se perde e segue uma pauta invisível,
sem desafinar. Quem sabe possamos ser, num futuro próximo, uma grande orquestra
e esquecer de uma vez por todas as cidades desumanas e caóticas? Menos prédios e
mais educação? É uma questão de ferragens, concretos e cálculos ou de
relacionamentos entre seres? Onde erramos? As florestas se renovam
automaticamente se não houver interferência humana. Nas </span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">cidades os prédios
antigos começam a desabar e terão que ser demolidos e substituídos, mais cedo ou
mais tarde. Em pleno século XXI estamos nós ainda repetindo modelos comprovadamente
obsoletos. Que modelos seguir para as novas cidades? Se perdermos as florestas
nós não vamos perder apenas árvores. Vamos destruir um dos mais perfeitos
modelos de convivência complexa e organizada da Terra. Uma verdadeira escola de
sobrevivência no caos. Não existe preço para esse conhecimento acumulado por
tanto tempo, tão vitorioso. Mas nós mal conseguimos ver uma árvore, um bicho,
um rio. E quando vemos, não entendemos o que está por trás de tudo isso. E meio
perdidos, vamos seguindo o brilho das luzes ofuscantes que as máquinas pipocam
nos nossos rostos. Os sons que rebentam os nossos tímpanos e as drogas que
confundem as nossas mentes e deturpam os cheiros. E assim, deixamos de ver as
estrelas com suas luzes distantes e cintilantes; não sentimos mais o perfume da
floresta, e vagamos ansiosos em busca do poder e do ter. Precisamos resgatar
esses caminhos naturais e nos voltar mais para nós mesmos, mas não num sentido exclusivamente
egoísta. É uma questão de perceber e reconhecer que somos a própria natureza em
movimento. E assim sendo, podemos nos comportar como ela, em busca da harmonia
e dos ajustes necessários. Se a natureza é obra de Deus e nós somos também
natureza, nada nos impede de sermos quase divinos, quase bondosos, quase
amorosos, quase justos, quase éticos, e quase qualquer coisa. Na
impossibilidade de sermos absolutamente perfeitos, por causa da nossa essência humana,
vamos galgando nossa montanha de sonhos, evoluindo nessa caminhada, em busca desse
topo ideal. Mas como diz a frase: para caminhar é preciso dar o primeiro
passo... E você, onde está nesta montanha?</span> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-29268673988897062142012-04-20T05:24:00.000-07:002012-04-20T05:31:33.824-07:00Dos avanços do espírito e da necessidade de um equilíbrio materialista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUJLL7o_hx3doaUlLnCFXrr2PhHHdAZMRFeKrb-nFPrGjKhDhkoj5PSMBoaPSIk8AySAu3UeYDCcVW34PEyiY_4XfSLrKxEikaXst4Di1mZO4TMNDicgvOHg9hpvvPScA-pnJa8PVGzLo/s1600/Espiritualidade.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUJLL7o_hx3doaUlLnCFXrr2PhHHdAZMRFeKrb-nFPrGjKhDhkoj5PSMBoaPSIk8AySAu3UeYDCcVW34PEyiY_4XfSLrKxEikaXst4Di1mZO4TMNDicgvOHg9hpvvPScA-pnJa8PVGzLo/s400/Espiritualidade.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Colaborador Roberto Rocha</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> </span><span style="font-family: Calibri;">O método científico trouxe para a
humanidade uma nova maneira de ler e de tentar compreender o mundo e a nós
mesmos. Veio apresentar a ilusão das certezas comprovadas experimentalmente,
substituindo imaginações sobrenaturais. O próprio nome imaginação nos lembra
”imagens” ou “coisas que construímos com o pensamento”, mas que nem sempre
temos provas contundentes de sua real existência. Na experimentação essas
dúvidas precisam ser dissecadas e compreendidas para que não inviabilizem o
próprio método. Ao se permitir que algo ou uma teoria possa ser “demonstrada”,
“várias vezes”, “sempre com os mesmos resultados”, o que se pretende é
reafirmar que existe uma coerência na idéia inicial e que ela pode também ser
percebida em outros campos, e não somente engendrada em nossas conjecturas
particulares. Num mundo de percepções rápidas e diversificadas como esse do
início do século XXI, às vezes, nem sempre é fácil, concentrar as nossas atenções
em temas mais “espiritualizados”, e persistir nele, porque os deslumbramentos e
apelos fortes nos levam para o mundo das impressões efêmeras e passageiras. A ciência
e seus métodos nos mostraram a importância da observação, e ela mesma nos
concedeu a capacidade de construir máquinas mirabolantes que nos dão a sensação
de um poder muito além de nossa capacidade natural e simples de sentir o mundo
e seus elementos. Nosso cérebro parece gostar de desafios e novidades; e tanto
mais, quando fogem dos parâmetros regulares e seguros que o bom senso
recomenda. Com alguns ou muitos riscos, enveredamos em campos estranhos e
espaços escuros, desconhecidos, buscando o novo e as surpresas inesperadas.
Gostamos de nos surpreender a cada momento, e isso, parece reforçar a certeza
de que estamos vivos e atuantes, o que parece razoável. No entanto, também
podemos extrapolar esses desejos e aventuras, causando tristezas e mortes a
muitos, o que também não parece ser sensato e nem eticamente correto. Resta-nos uma
reflexão profunda sobre esse caminho que tomamos como Norte. Saber se devemos
seguir realmente em frente, ou ainda, se não será melhor refazer a trajetória ao
contrário, e buscar nossas raízes abandonadas onde estão as verdadeiras
fontes da eterna procura humana pela felicidade. Quanto mais rapidamente
caminharmos para diante, sem maiores reflexões, mas dolorosa será a senda do
resgate. Fora isso, devemos também desconfiar se a negação dessa
possibilidade pode estar patologicamente associada a algum tipo de desvio
comportamental global da criatura humana, certamente injusto e insano. Quem
sabe a solução para todos esses dilemas seja um maior investimento na nossa
própria espiritualização, tão ausente e distante das nossas conversas
rotineiras, direcionadas para os lucros e perdas materiais, dissociadas do
sagrado e das luzes que iluminam outros caminhos que não esses tão fugazes e
tão passageiros?... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-9703229498603326762012-03-23T02:44:00.001-07:002012-03-23T02:45:37.538-07:00Rio +: um mundo mais verde, mais cooperativo e mais fraterno.<div align="center">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgndYPyhyphenhyphenzLqbeV213-UOVw8fnyuh9IfQ7cn2wqYMngcXUBnkvoyzreWnkyikofp0AjehGi1QX6lfNDsVHpN0vjLt2Hjt5oNKnOIm6bAAwxqGFhnQeqlJxBefdX_pCGW1-7pHnhKdrKKd8/s1600/Rio++.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgndYPyhyphenhyphenzLqbeV213-UOVw8fnyuh9IfQ7cn2wqYMngcXUBnkvoyzreWnkyikofp0AjehGi1QX6lfNDsVHpN0vjLt2Hjt5oNKnOIm6bAAwxqGFhnQeqlJxBefdX_pCGW1-7pHnhKdrKKd8/s400/Rio++.png" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri;"> Colaborador: Roberto Rocha</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Estamos no meio de uma tempestade
global, de revoltas ondas, ventos fortes, frio intenso, tsunamis e furacões. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Multiplicamos as simplificações ecológicas
extensas e monoculturais. Insistimos em replicar nosso DNA econômico e injusto,
centrado no lucro rápido e imediato, favorecendo a poucos em meio a muitos.
Usamos a antiga retórica para convencimentos estudados, acreditando que a ética
pode transgredir, volta e meia, dependendo da situação e do momento. Enquanto a
água rareia, e os oceanos são esvaziados em seus estoques biológicos, as aves
já não têm mais onde pousar. As bactérias agro-intoxicadas pelo solo, se
retorcem, agonizando entre cadáveres semi-decompostos; retendo nutrientes que deveriam
retornar em novos corpos vivos da superfície, para manter a necessária e
insubstituível homeostase. Mas quem se importa com sistemas complexos? Simplificar,
eis a questão! Exatamente num mundo que sempre funcionou com base na
complexificação, muito antes de existirmos como espécie pensante. Vivemos uma
situação paradoxal, convictos que estamos cientificamente corretos, até que nos
provem o contrário. Provar o quê? Que nossa água está ameaçada? Que nossos rios
estão secando? Que as florestas estão sendo exterminadas? Que a futilidade
artística é incentivada pela raridade de inspirações espiritualizadas? Que a
miséria ainda existe em boa parte do mundo, escondida nas sombras da
indiferença? Entre peles magras, ossos pontudos, moscas insistentes e olhares
tristes, uma parte do mundo agoniza! No mundo econômico, os dígitos também
sofrem suas baixas e ameaçam a economia global com desemprego e desesperança. Antes,
éramos ameaçados por guerras frias e mundiais, exterminadoras de pessoas e
cidades. Mas hoje não precisamos mais de “ameaças” porque “os fatos já são
reais”! Quem duvida que a biodiversidade da Terra esteja sendo reduzida drasticamente?
Só as pessoas desinformadas não sabem disso! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E o mundo tenta acabar com o analfabetismo
reinante, até 2015, conforme consta dos Objetivos do Milênio. Pregamos o “desenvolvimento”,
mas não conseguimos, nem mesmo, a garantia de que o cérebro mais evoluído do
planeta possa se manifestar em todas as suas potencialidades, universalmente! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E o que falar das garantias de manifestação biológica
das criaturas ditas “incivilizadas”? Boa parte dos grandes vertebrados que
ainda vive entre nós, estará extinta até 2050! Estamos descobrindo espécies
novas e, ao mesmo tempo, estamos reconhecendo que elas terão um futuro sombrio.
Somos o único ser terrestre que, apesar de ser constituído totalmente de
elementos biológicos, deseja - cada vez mais – estar mergulhado num mundo
artificial, fictício e deslumbrante, com suas cores distorcidas e inebriantes.
Será esse mesmo o futuro que queremos? Queremos para quem? Vamos continuar apostando
no modelo deletério do século XX? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
Agenda 21 foi apenas “uma proposta” ou um compromisso? Quanto realmente nós progredimos?
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ou será que vamos nos reunir, mais uma
vez, para propor uma Agenda 22?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-70872039807556763942012-03-02T02:47:00.003-08:002012-03-02T03:43:35.975-08:00Estocolmo, Rio 92, Rio + 10, Rio + 20, Rio...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKSiC0Ge08nI9vQ0L1KAFSrf8nwF10Y_Hfh6f2BCIQfJFO0tJDOOH2gG6ilgSC3jtI1CdVs9OhUCKEQHvgEDtIhyphenhyphenTkNXXrVVdYvyv3Ld-K-0mjyjmze4-QrQ5pyTbeglIyjdOgx129nIA/s1600/Rio+++20.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKSiC0Ge08nI9vQ0L1KAFSrf8nwF10Y_Hfh6f2BCIQfJFO0tJDOOH2gG6ilgSC3jtI1CdVs9OhUCKEQHvgEDtIhyphenhyphenTkNXXrVVdYvyv3Ld-K-0mjyjmze4-QrQ5pyTbeglIyjdOgx129nIA/s400/Rio+++20.png" width="400" /></a></div>
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Colaborador Roberto Rocha</div>
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Vamos nos reunir outra vez. Exatamente quando o mundo passa por alguns desafios e enfrentamentos. Será que estamos numa encruzilhada para definir enfim que rumo tomar? Ou ainda estamos indecisos? Os temas selecionados para a Rio+20 não estão ali por acaso. Eles refletem e apresentam uma série de eventos que acumulamos nos últimos séculos, sob a argumentação de que seríamos mais felizes e mais realizados. Não é isso que desejamos? Ou não é? A pergunta óbvia: desde a Revolução Industrial até hoje, nós realmente conseguimos ser mais felizes e mais realizados? Fomos acumulando uma série de vitórias através da união dos povos? Produzimos alimentos cada vez mais saudáveis e livres de drogas químicas tóxicas, desde a descoberta da agricultura e da pecuária? O que temos feito com a água? Ela tem sido uma dádiva dos céus repartida por todos os povos da Terra? Abundante, límpida, sem impurezas que afetem qualquer criatura, mesmo as mais sensíveis? Como temos nos apropriado da energia do Sol? Demos prioridade apenas àquelas "guardadas" nos depósitos fósseis? Ou temos fontes alternativas limpas e seguras? Produzimos de forma a sustentar os serviços dos ecossistemas sem que eles sejam comprometidos para que continuem a nos oferecer - de graça - tudo que precisamos? A conservação da biodiversidade da Terra - base para que os serviços ambientais sejam saudáveis - é sempre uma prioridade em qualquer país do mundo? Neutralizamos ou damos destino adequado, a todos os resíduos tóxicos e despejos que produzimos? Os principais postos de trabalho do paiz estão concentrados em setores onde as pessoas (a grande maioria, ressalte-se), mesmo não possuindo pós-graduação, consegue viver feliz e realizada? Homens e mulheres têm os mesmos direitos? Tratamos o solo que usamos para as nossas atividades como algo sagrado e fundamental para as futuras gerações? Ou somos "indutores de desertos"? As matas ciliares, que protegem as margens dos rios, são nossas aliadas ou nossas inimigas? Nossas cidades são planejadas de modo equilibrado, com base em inovações e soluções naturais, para que atendam a "todas" as classes socias com o mesmo nível de qualidade? Devolvemos para os oceanos e mares a água doce limpa que ele nos envia através das nuvens? Ou tratamos os oceanos com descaso e indiferença, mesmo que ele nos ofereça serviços de produção de oxigênio, lazer, transporte, alimento e tantos outros? Nossos investimentos são no sentido de construir um mundo de harmonia, através da educação? Ou cultivamos a guerra e a insegurança como mecanismos de controle? Enfim: vamos ter mais uma chance. O mundo terá mais uma oportunidade. Outra vez vamos ouvir propostas e promessas. A questão é que o tempo está passando. A primeira reunião foi em 1972 em Estocolmo. Depois veio a série Rio: Rio 92, Rio + 10 (2010, em Johhanesburgo) e agora, 2020, outra vez no Rio. Por que não fizemos o "trabalho de casa" mundialmente falando? Ou fizemos mal? E se não fizemos, quem nos alertou para nossa negligência global? Quem nos corrigiu? A maioria da população sabe o que seja a Rio + 20? Está preocupada com isso? Você - que está lendo este texto - sabia que os temas que estão colocados aqui, são os temas que vão se discutidos na Rio + 20? Voce acha que eles são importantes? Sua profissão ou atividade pode contribuir para que esse problemas sejam sanados? Em caso positivo, participe de alguma forma. A falta de participação tem feito com que as metas propostas estejam muito aquém do que foi pretendido alcançar. Pelo não cumprimento dos termos ou insuficiente participação de cada país, cada estado, cada município e cada cidadão, continuaremos a série Rio + com as mesmas "choradeiras", as mesmas lamentações, as mesmas desculpas, as mesmas promessas. O que virá então? Rio + 25? Rio + 30? Rio + 50? Rio + 100? Só o tempo dirá! Quem sabe, os nossos netos e bisnetos, possam escrever novos artigos falando do mesmo assunto, mas dessa vez, referindo-se a um momento histórico, do passado, que foi devidamente corrigido? Que eles possam contar o quanto fomos irresponsáveis e como é que conseguimos "dar a volta por cima" através da harmonia, da cooperação e do amor entre os povos e entre as pessoas. Pode ser um sonho! Mas dos sonhos podemos partir para as realizações e com as realizações coerentes, poderemos ser, finalmente, mais felizes e realizados. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaDMhLDNJrA2yzossBsh1Ve1ZNvo4m0vsHdGS4PMIQqHeQy2j68RAp8FWGZoCfhZOd0niqBrEEwckwNbZqOPbihmYLvMjaaUwH3YOAoeDLTltdGVjlMo9UYRAFF4KWz7Z_y4WKYi__ZfI/s1600/pR%C3%89DIOS.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaDMhLDNJrA2yzossBsh1Ve1ZNvo4m0vsHdGS4PMIQqHeQy2j68RAp8FWGZoCfhZOd0niqBrEEwckwNbZqOPbihmYLvMjaaUwH3YOAoeDLTltdGVjlMo9UYRAFF4KWz7Z_y4WKYi__ZfI/s400/pR%C3%89DIOS.bmp" width="400" /></a></div>
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Colaborador: Roberto Rocha</div>
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A preocupação com o tempo sempre esteve presente em nossas vidas. Usamos os segundos, os minutos, as horas, os dias, os anos, etc. Tudo perfeitamente convencionado. Se é uma convenção humana, certamente é falha, mesmo com toda a tecnologia atual. Não sabemos tudo. Justamente por isso, não devemos afirmar que o que fazemos está exatamente correto. Essa limitação se mantém através de um sistema que privilegia a sua aplicação para atender os nossos interesses mais urgentes: estou atrasado! Tenho uma reunião às 10! A barca sai às duas horas! Você chegou cedo demais! Estou ficando velho! E assim vai. O tempo para os neonatos é uma "mamada" e a boca cheia de leite!. O tempo para os infantes é explorar o entorno, um tanto inseguro, mas sabendo que pode correr para os braços da mamãe se algo for muito "assustador"! O tempo para os jovens, é lidar com seus hormônios em meio a uma série de dúvidas em relação ao futuro. Os adultos esperam do tempo alguma recompensa mais duradoura. Os idosos já se acostumaram com o tempo e não guardam tantos sonhos mirabolantes, e procuram estabelecer na vida, um padrão compatível com as suas estruturas físicas, psicológicas e econômicas. Mas o tempo também passa para as plantas, para os animais, para os rios, para os lagos, para as cidades, para os prédios. A diferença está em que, nos humanos, existe uma percepção mais imediata dos sinais e sintomas do tempo. Mas como avaliar e interferir nos sintomas do envelhecimento das cidades? Quando passo pelo centro do Rio de Janeiro, vejo algumas datas nos topos dos prédios, muitas delas, do inicio do século XX. Mas que diabo! Já estamos no século XXI! Como tudo passou tão rápido? Já sou "sênior"! Os prédios deveriam ter também uma carteira de "idoso", devidamente cadastrados e mapeados na cidade. Onde será que eles são mais comuns? Com que material foram construídos? Será que a assistência deles é igual a dos idosos humanos? São respeitados? Fazem exames periódicos com seus especialistas? Recebem assistência de qualidade? Fazem plástica? Tiram os excessos e corrigem as cicatrizes? Quantos "predidosos" você já viu pela cidade? Será que eles sofrem de osteoporose? Ficam com suas estruturas frágeis e corroídas? Tomam cálcio e vitaminada D3 profilaticamente? É verdade que os idosos estão cada vez mais bem atendidos. O Brasil será, dentro em breve, um país de idosos. Mas não somente de idosos humanos. Será um país de prédios antigos, a maioria nas grandes cidades, sem grande histórias, diferentemente do que aconteceu na Europa. Não foram construídos na Idade Antiga ou na Idade Média. São "velhinhos" quase contemporâneos, ilustres desconhecidos! Embora sejamos um país europeizado por excelência, guardamos também raízes africanas exóticas, com influencias em nossas danças, comidas, vocabulário, etc. Nossos indígenas também não faziam construções para durar um século. Os humanos da pré-histórias viviam muito pouco. Apenas o tempo para reproduzirem e criarem alguns descendentes. Suas construções eram também de pouca duração. Com as novas tecnologias aprendemos a viver mais: nós e os prédios. No entanto, sem prevenção, estaremos todos vulneráveis. Nós, os "humanidosos" e também os "predidosos". Já não consigo pular como no passado. As estruturas estão afetadas. Com algum trato ainda posso "durar" um pouco mais. E o que dizer das construções que já têm mais de 100 anos? Os prédios são muito semelhantes aos humanos. Eu ainda não tinha percebido isso! Mas repare só: um prédio com oitenta anos e um idoso com a mesma idade? Vejam os<i> neonatos, infantes e jovens prédios</i> "crescendo" no meio dos adultos e dos antigos! Será que têm algo a aprender? O que fazer com os prédios que vão morrer? Terão um enterro digno? Algum epitáfio marcante? Serão reconhecidos? Eles, os prédios; e nós, os humanos. Quem sabe uma estátua de material sem valor econômico? Com o tempo, o que restará serão apenas registros fotográficos, em algum álbum de família ou museu histórico. E aquele clássico comentário esse "austero bigodudo" aqui, era o seu bisavô! Essa mulher "recatada", era a sua bisavó! O que dizer dos prédios "austeros" e das construções "recatadas"? Ao observar as obras de arte dos prédios antigos e os tijolos unidos com óleo de baleia, não deixo de sentir alguma nostalgia. O aço especial talvez não venha a sofrer tanto com a corrosão interna. Não precisamos mais, matar baleias para iluminar as cidades e construir novas edificações. No entanto, fica a preocupação: o que fazer com os "predidosos"? Que solução mágica - seja ela de qualquer cor - fará retornar o "brilho" nos olhos, do passado? A sensação de poder? A sultuosidade? Quando vejo um "velhinho" abandonado, lembro dos prédios que foram "esquecidos". Que histórias viveram? O que teriam para contar? Quem os substituirá? O tempo dirá...</div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-81062646684872894352011-12-16T16:58:00.000-08:002011-12-17T03:28:01.665-08:00Aquecimento global e desastrologia: a ficha ainda não caiu !<div style="text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQJR9ADaOo1QPH884pIJHTunUBozoKii1-vHyS6wfdTEzrgp2obsaYrP69gcZiBtuDM65pIWC_-tBmu4yspR3NOFlOSi51GxKfGQYKSxxT_nntKWvsC_vdoQ4Z17jQ01KL9XufH5F-K_Q/s1600/Tempo+de+ver%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQJR9ADaOo1QPH884pIJHTunUBozoKii1-vHyS6wfdTEzrgp2obsaYrP69gcZiBtuDM65pIWC_-tBmu4yspR3NOFlOSi51GxKfGQYKSxxT_nntKWvsC_vdoQ4Z17jQ01KL9XufH5F-K_Q/s400/Tempo+de+ver%25C3%25A3o.bmp" width="400" /></a></div>
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Colaborador: Roberto Rocha</div>
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Começou a esquentar outra vez. No entanto, ao contrário do aquecimento global, a discussão na África do Sul foi chuva muito fina. Novas promessas de que as promessas anteriores serão revistas para que novas promessas sejam feitas. A grana não caiu! Enquanto isso, em Belo Horizonte, choveu em cinco horas o que era esperado para cinco dias. E tome inundação, e tome desabamentos, e tome desabrigados. Já está ficando cansativo ficar falando das mesmas coisas no verão. E a casa caiu! A vitivinicultura tomou uma série de pedradas geladas no Rio Grande do Sul e os prejuízos são relevantes. O gelo caiu! As estruturas metálicas de galpões no Brasil terão que ser recalculadas para resistirem a maiores pesos em telhados e ventos mais fortes. Quem não acreditar, vai pagar para ver. E o teto caiu! As áreas de risco já não são mais de risco, são de certezas claramente anunciadas. E a encosta caiu! Ninguém aguenta cair tantas vezes! Ou será que aguenta! Lembro bem que há alguns anos falava da necessidade de estudar "desastrologia" e algumas pessoas me perguntavam: o que é isso? Falava que a Defesa Civil tinha 118 símbolos que deveriam ser conhecidos nas escolas, e as pessoas falavam: as crianças precisam é de comida e de diversão: "não devemos ficar falando de desgraças climáticas para alguém que mal começou a vida". Realmente, as consequencias das mudanças do clima já não são apenas comentadas: elas estão acontecendo na nossa cara!. E a ficha ainda não caiu. No ano que vem teremos a Rio+20. Posso parecer um tanto pessimista, mas as notícias estão aí ! Os fatos estão aí! O que falta para se levar em consideração que temos sim que valorizar e preservar o funcionamentos dos ecossistemas ?. Precisamos falar muito de "serviços ambientais". Mas não aqueles pagos por empresas que prestam serviços ! O ar mais quente anuncia que os insetos ficarão mais agitados. Vão se reproduzir com maior rapidez. Suas larvas também. Algumas doenças aumentam suas incidências nos períodos mais quentes. Por enquanto, estamos falando de dengue. Escorpiões e aranhas estão em alerta. Cupins e formigas também. Bactérias e virus ficam mais agitados. Uma coisa devemos aprender: a Natureza não aceita dinheiro, mas cobra caro...</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ0gsiVkuJ4NoT4wTEd6faRhc_ARiKkO6cXpnu8rhdojrMd_zmgUHjfDiguSKzBrxIWdE_5sLQMKPCmmRobZl5eK1LctezoJ6LaPQNMCpvQcdJVQ7a9TCXdEaBBJKxFyhFlgzmYchuydA/s1600/Tempo+de+ver%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-16724355705154409602011-12-08T00:21:00.001-08:002011-12-11T06:43:22.792-08:00Violadores de túmulos e comedores de cadáveres?<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWk-uZWREWhKrhNNIU5iRk3WY9MvuzyNVPSreEZCD9tqdx5GaXo6_AUbjzee0u3yLREEdFY3mA0MzROaQdmDm8y_R931C2Sr53oah6N9h-gFckem1tkXcs2z0rWCG_hA3la5DkomyTMQ/s1600/Cadeias+alimentares.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbWk-uZWREWhKrhNNIU5iRk3WY9MvuzyNVPSreEZCD9tqdx5GaXo6_AUbjzee0u3yLREEdFY3mA0MzROaQdmDm8y_R931C2Sr53oah6N9h-gFckem1tkXcs2z0rWCG_hA3la5DkomyTMQ/s400/Cadeias+alimentares.bmp" width="400" /></a></div>
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Colaborador: Roberto Rocha</div>
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Estava refletindo sobre o modo de lidar com os mortos humanos. Ainda me lembro dos "enterros" na minha infância, quando o defunto era velado - cercado de velas - numa mesa central, na sala principal da casa, com as pessoas encostadas nas paredes, sentadas nas cadeiras, espalhadas aqui e ali, entre comentários diversos, silêncios e lágrimas. Água com açúcar para acalmar alguém, afagos, olhares compreensivos. Se o morto era do tipo "divertido", não raro, rolava até um certo clima de alegria. Na hora devida, parentes e amigos mais íntimos seguravam as alças do féretro, que seguia pela rua principal em direção ao cemitério local. Comerciantes baixavam suas portas pela metade, em sinal de respeito, enquanto outros tiravam o chapéu. Pelo caminho, uma verdadeira procissão ia se formando, dependendo do "prestígio" do falecido. Capela, flores, encontros antigos - alguns não muito amigáveis - olhares desencontrados, passagens vividas, elogios, críticas disfarçadas, orações, discursos, desmaios. Hora da despedida: mais lágrimas e ambiente tenso na hora do fechamento. Coroas e saudades dos amigos; a caminhada silenciosa, e a cova aberta. O pó branco da paz e as pétalas de rosas. Mais lágrimas e ambiente mais tenso ainda. A percepção derradeira da perda e do que realmente somos: frágeis criaturas com prazo de validade mais ou menos conhecido. Cordas, tampa, cimento e a eternidade. Alguns anotam o número da sepultura por diversos motivos,,,</div>
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Enquanto estava pensativo, na frente da TV, eis que um repórter anuncia um sério acidente ocorrido no mar. Uma imensa mancha de cor metálica é mostrada, com seu brilho fúnebre e pegajoso. De onde veio? Como chegou até ali? Para onde será que vai? De quem suspeitar? Após algum tempo, uma autoridade local faz a sua declaração oficial: estávamos diante de restos de milhões de defuntos que haviam sido sepultados num passado distante! Desconsiderando o seu direito de descançar eternamente em seus bolsões geológicos, alguém resolveu enterrar algumas agulhas na pele de Gaia para retirar seu sangue negro adormecido. Estamos abrindo caixões lacrados por muitos séculos. Incomodando quem já tinha cumprido sua missão. Despertando quem não desejava acordar mais. Quem não queria estar entre nós, outra vez. E agora? O que fazer com esses mortos tão antigos? Sem ossos, sem fibras! Eles não foram enterrados sem motivos! Não deveriam sair de lá. Alguma razão deve existir para que tenham sido guardados tão profundamente. Por que desrespeitar tal destino? Se violar túmulos é um sacrilégio, o que se dirá de revolver milhões de defuntos, de uma só vez? Para que finalidade? Lucrar com eles? Será que devemos negociar corpos alheios? Acho que não deveríamos vender o corpo de nenhum morto, mesmo que ele não seja humano. Mas voce poderá contestar: mas o que são os frutos e legumes que comemos todos os dias, senão mortos? Eu lhe responderia: mas as sementes estão vivas! E voce pode insistir: mas nós comemos carne vermelha morta! Comemos peixes mortos! Comemos frangos mortos! Finalmente vou concordar: somos comedores de cadáveres alheios! Não comemos coisas "podres", mas comemos cadáveres frescos de toda espécie. Nossa cultura sempre dá um jeito de transformar coisas desagradáveis em eventos especiais - quando interessa. Um esplendoroso jantar! Arte gastronômica! Pratos deliciosos! Tudo bem, tudo bem! Afinal não vou deixar de saborear meus cadáveres prediletos - de vegetais ou de animais - por causa de um artigo desconcertante. Também não pretendo ser um violador de túmulos, por usar a energia de quem já morreu para "alimentar" meu carro. Nos ensinaram a respeitar apenas os cadáveres de humanos. Algumas sociedades rezam antes de comer um alimento ou parte dele (cadáver), seu sustento. Nossa cultura não valoriza este tipo de consideração. Muitas vezes nem sabemos o que estamos comendo realmente. Ficamos sentados olhando para a TV num restaurante, ou falando de negócios, problemas de família, criticando colegas ou o chefe, contando decepções e tantos outros temas. Os mais sábios falam de coisas agradáveis, viagens, casos amorosos excitantes, novos empregos. A última coisa que estamos concentrados é nos cadáveres que deram os seus corpos para a nossa vida. Nós não os identificamos como tal. Foram rotulados como "alimentos". Dá próxima vez que for comer alguma coisa, pense que "alguém" está doando para voce uma parte dele ou toda a sua vida. Se puder, agradeça-lhe! Faça da refeição um ato sagrado. Afinal voce também será cadáver um dia. E vai gostar que alguém o valorize - entre amigos, antes que seja um excelente repasto para bactérias e um incrível mundo de "degustadores" desconhecidos...</div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-20245483217598906742011-11-24T00:43:00.001-08:002011-12-24T09:10:59.220-08:00Rinoceronte preto africano (Diceros bicornis longipes) está extinto !<div style="text-align: justify;">
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<span id="goog_920681676"></span><span id="goog_920681677"></span>Colaborador: Roberto Rocha</div>
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A notícia de que uma das quatro raças geográficas do rinoceronte preto africano (<i>Diceros bicornis longipes</i>) está extinta, causa aos conservacionistas uma enorme frustração. Revela a nossa incapacidade de lidar com os interesses alheios escusos, ou frutos de tradições antigas, mantidas de geração para geração. Aperfeiçoamos tanto o extermínio biológico, que já conseguimos, até mesmo, eliminar ecossistemas inteiros. Pasmem: uma parte ínfima da população mundial tem acesso ou se preocupa com esse tipo de informação: lastimável, triste, desolante. Não estamos falando de perder alguns animais apenas; estamos falando de perder espécies complexas que possuem um significado indispensável para manter a riqueza genética da Terra e os seus serviços ecossistêmicas. A natureza precisa dos genomas "para jogar o jogo da vida". Jogar é um termo conhecido por todos, mas não em termos ecológicos naturais. A grande maioria da população só entende jogos artificiais, influenciados pela propaganda, com imagens e sons, lindos, maravilhosos, todos bem intencionados. No entanto, as formas de vida, identificadas ou não, como as bactérias, os fungos, os protozoários, as plantas, os animais e demais grupos taxinômicos ainda sob discussão, não fazem parte da lógica de mercado contemporâneo. Podemos aceitar a ideia de que existe um "esverdeamento" mundial, mas não passa disso. Não trará de volta o que já foi extinto. Estamos jogando para "diminuir" os prejuízos biodiversos, mas não estamos obtendo avanços significativos. Estamos perdendo o jogo. Digo estamos, porque somos nós - ditos humanos - os mais prejudicados neste cenário. O planeta não vai ser destruído. Já repeti isso muitas vezes. O que vai ocorrer é que - através de um processo natural - haverá uma purgação das "irregularidades" óbvias e que possam "tentar" obliterar a tendência à homeostase. É a lei do pêndulo. Tudo retorna!. E quanto mais fortemente empurrado, mais fortemente volta. Depois, vai se acalmando, aos poucos, até que nova conturbação venha provocar, mais uma vez, o processo. Assim caminha a relação entre seres vivos e inanimados. Inocentes criaturas manipuladas por genes curiosos e inteligentes, testando e sendo testados, a cada momento, por tempos geológicos intermináveis. <br />
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Emslie, R. 2011. <i>Diceros bicornis</i>. In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. <<a href="http://www.iucnredlist.org/">http://www.iucnredlist.org/</a>>. Downloaded on <b>24 December 2011</b>.</div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-14641624267542002852011-10-15T11:18:00.000-07:002011-10-15T11:21:51.210-07:00I Semana do Curso de Gestão Ambiental<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4T4Dy5nPEMNi8Kjeg_jcog6lMvirJB_nA5WroeTPnlLrdpCby4BeQznmm4xUcAhILAxvp5aldvgLBnJU5GPQ1tzrJaz8PvJHkXsZak_sSu3DoMSTMapp0mC67SleFFlgVbVYwTGFqZxM/s1600/semana+gest%25C3%25A3o+ambiental+p+imprimir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640px" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4T4Dy5nPEMNi8Kjeg_jcog6lMvirJB_nA5WroeTPnlLrdpCby4BeQznmm4xUcAhILAxvp5aldvgLBnJU5GPQ1tzrJaz8PvJHkXsZak_sSu3DoMSTMapp0mC67SleFFlgVbVYwTGFqZxM/s640/semana+gest%25C3%25A3o+ambiental+p+imprimir.jpg" width="451px" /></a></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-83045342866251895392011-09-10T04:49:00.000-07:002011-10-06T15:14:37.735-07:00Não se pode amar aquilo que não se conhece<div align="center"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR8tdhSYBFmpq9y5Sa571N9g1_FR8ipxk6GhGiTYPYfuXBW9lxij_u7e9TCAMpSLT7yAiXcdYiuUQ-jU5vLC6ntXUbWdpyn4M0NSGOVDih-qGVKNznv_6c_ztA7R6_KqX1U0A0DcuTVNc/s1600/10+set+2011.+imagem.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228px" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR8tdhSYBFmpq9y5Sa571N9g1_FR8ipxk6GhGiTYPYfuXBW9lxij_u7e9TCAMpSLT7yAiXcdYiuUQ-jU5vLC6ntXUbWdpyn4M0NSGOVDih-qGVKNznv_6c_ztA7R6_KqX1U0A0DcuTVNc/s320/10+set+2011.+imagem.bmp" width="320px" /></a></div><br />
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Colaborador Roberto Rocha</div><div align="center"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se entre pessoas de uma mesma família, ou entre colegas e amigos, muitas vezes temos dificuldades de compreender o "outro", imagine quando este "outro" está distante, nunca foi visto, e precisa ser amado!?. Refiro-me ao "amar a natureza"; de onde viemos e da qual dependemos como criaturas frágeis e vulneráveis às mudanças da Terra, muito mais do que às mudanças econômicas. Mas o "sistema" nos ensinou que para sermos felizes e possuirmos uma boa qualidade de vida precisamos ter uma "gorda" conta bancária, um carro do ano, uma bela casa e tantas outras conquistas semelhantes. No entanto, em certos momentos, percebemos que, mesmo com tudo isso, está faltando alguma coisa. Quem sabe seja um retorno às práticas mais simples e puras? Ficar olhando um rio passar, as ondas de uma praia, as vozes dos pássaros ao amanhecer, as formigas carregando seus pedaços de folhas, descobrir uma perereca camuflada em meio à vegetação. Pode parecer estranho desejar coisas tão "insignificantes", quando as comparamos com os ambientes ensurdecedores de alguns espaços de festas, à inquietude das pessoas paradas no trânsito - apesar de possuirem um carro poderosíssimo. Ter um relógio que pode ser usado a 300 metros de profundidade sem alterar a sua precisão: ridículo! A maioria dessas pessoas jamais passou dos dois metros num mergulho "profundo". Mas o que importa é que o relógio possa ser "incomum" em relação ao que os outros fazem. Poder mostrá-lo aos outros e repetir que é algo "diferente". Valorizamos coisas que não possuem qualquer utilidade real, a não ser mostrar que "somos" ou "possuímos" algo diferente. Essa prática exclusivista vale também para a nossa relação com a "natureza". Nascemos cercados de paredes e alguns equipamentos artificiais (tanto o pobre, quanto o rico) e logo nos apresentam outras novidades coloridas articialmente: algumas dotadas de sons jamais ouvidos nas florestas originais. Formas e ângulos impossíveis de serem reproduzidos pelas plantas: bem-vindo ao mundo dos humanos tecnologizados! Logo logo, vamos aprender a ficar em frente de um retângulo brilhante, com uma resolução de detalhes que natureza alguma consegue imitar. Vamos comer em pratos redondos, duros e cheios de sinais e cores incríveis. Tudo é incrívelmente forte e arrebatedor. Não dá mesmo para comparar com a simplicidade do mundo natural e disfarçado. Vamos aprender que a escola é um excelente lugar para ficar lá por muitas horas ouvindo explicações sobre como o mundo dos homens funciona, como trabalhar por oito horas seguidas para receber um salário no final do mês. Vamos aprender que os bancos agora vão até a sua casa e que voce não precisa se desgarrar da máquina e perder a oportunidade de estar mais presente nas redes sociais. Vamos aprender como o mercado de trabalho é algo tão sagrado como um deus. Que estar atualizado com as novas versões de programas avançadíssimos é vital para se manter empregado numa empresa de topo. As horas que temos para pensar, isolado do mundo, para meditar sobre "o que somos", para não ouvir nada e nem ninguém, são cada vez mais raras. Ou não existem mesmo! É zero! E assim seguimos em nossa trajetória, até que alguém vem nos "exigir": precisamos defender a natureza! E então vem aquela sensação de "nada" dentro da gente. Como defender ou gostar de algo que eu nunca vi? Como defender um macuco, um mutum, uma jacucaca, um jaguarundi? Quem são eles? Quais as suas cores? Que som saem deles? Como são as suas formas? As perguntas vão ficando sem respostas. No nosso cérebro primata só existem referenciais artificiais, construídos dentro da mais alta tecnologia, seguros, confiáveis. E nós achamos que deve ser assim mesmo. O nosso lado selvagem e natural foi assassinado com a maior das boas intenções! Levamos milhares de anos para forjar um cérebro complexo e exigente. Estamos agora simplificando tudo. Estamos nos emburrecendo com o excesso de estímulos. Somos uma criatura "natural" desejando viver e ser feliz num mundo "artificial". Nada mais paradoxal! E aceitamos tudo isso como "desenvolvimento". Mas que tipo de desenvolvimento? Para quem? Será que a nossa saúde mental está incluída nesse objetivo? Fico preocupado quando insistimos em forjar e manter situações completmenae estranhas à nossa natureza animal. Vou torcer para que esteja errado! Que essas linhas sejam apenas um momento de desabafo de coisas que ainda não conheço bem, na minha santa ignorância. Gostaria de amá-las ! ... Mas alguma coisa dentro de mim diz que algo está errado, muito errado. E essa coisa fica lá, me incomodando. E eu, tentando disfarçar... Querendo dizer: eu te amo! Mas como? A natureza tem sido um mundo estranho para muita gente. O mais perto que pode chegar dela é uma peninha pendurada na orelha. Ou na comida exótica que custa os olhos da cara num restaurante de luxo. A distância entre o "meu ambiente artificial " e o "verdadeiro ambiente natural" é imensa. Por isso, quando pedir para alguém amar a natureza, pergunte primeiro: voce sabe o que é um macuco, um mutum, um jacurutu? Se souber, ótimo! Boa parte do trabalho já está concluído. Se não souber? Arregace as mangas, meu amigo! Muito trabalho te espera !. Quem sabe até consiga despertar algum amor arrependido?...</div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-73624049012867832062011-06-19T04:03:00.000-07:002011-07-14T03:48:10.753-07:00Nem Fukushima, nem Belo Monte: termossolar, a nova fonte.<div style="clear: both; color: #333333; text-align: justify;"><div style="font-weight: bold; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-fKFWABLymAcJIoxL4FG08cGDt1nXBhA7in0-GZxpS3IigifMnSkBNoowe3WI2YKDmrTduM0Q5uGzFNneY8GvnuGW4oT0knZ5kvFwQM0Zw0et7Kem-CNZTCmmZkelbvN92cUlbt07jzk/s1600/91739a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310px" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-fKFWABLymAcJIoxL4FG08cGDt1nXBhA7in0-GZxpS3IigifMnSkBNoowe3WI2YKDmrTduM0Q5uGzFNneY8GvnuGW4oT0knZ5kvFwQM0Zw0et7Kem-CNZTCmmZkelbvN92cUlbt07jzk/s400/91739a.jpg" width="400px" /></a></div><div style="font-weight: bold; text-align: center;"><br />
</div><div style="font-weight: bold; text-align: center;">Colaborador: Roberto Rocha</div><div style="font-weight: bold; text-align: center;"><br />
</div><div style="font-weight: bold;">Certamente, como um apelo ao bom senso, mais do que uma comemoração pontual, O Jornal do Senado do último dia 10, apresentou o seu título "Especialistas defendem substituição de combustível fóssil por fontes limpas" (disponível em: <<a href="http://www.senado.gov.br/senadores/notSenamidia.asp?fonte=js&codNoticia=107304&nomSenador=Cristovam+Buarque">http://www.senado.gov.br/senadores/notSenamidia.asp?fonte=js&codNoticia=107304&nomSenador=Cristovam+Buarque</a>>. Acesso em: 19 jun 2011. O título sugere que nós estamos usando "fontes sujas": o que é verdade! Abandonar o carvão e o petróleo, deixando-os somente em nossa história de degradação e poluição industrial seria algo espetacular. O interessante desta reflexão é que ela surgiu por acaso: um passeio pelos quadrinhos viciantes da TV me mostrou, repentinamente, a imagem do senador Cristovam Buarque. Quem poderia deixar de ouví-lo? O tema debatido faz parte da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20. Vocês sabiam que existia tal comissão? Eu não sabia! Só mesmo a TV Senado para nos esclarecer o que ocorre no país. Mas quem é que assiste TV Senado? Todo mundo fala em História do Brasil como se fosse algo do passado. No entanto, no Senado, é feita a história do presente e do futuro. Alí estão os "fazedores" da história, representando cada um de nós, cúmplices dessa construção política e democrática, aflita pela ética e pelos princípios. Mas eis que o tema da audiência pública "Energia: para que e como", toca num antigo deus iluminador: o sol! Justamente num momento em que se fala sobre opções polêmicas, como energia nuclear e hidroelétricas. A energia solar é limpa, abundante e renovável. As termossolares não ocupam espaço significativo e seria uma opção interessante para o Brasil, até que se descubra algo melhor. De baixo custo, ela revolucionaria a região nordeste, historicamente esquecida. Essa nova revolução teria que rejeitar os modelos atuais de devastação que arrasam nossa biodiversidade, deletando segredos antigos. Um rico tesouro genético está por lá esperando ser descoberto, temendo ser afogado. Eliminado por eficientes máquinas de espalhar a simplificação biológica, cuidadosamente programadas para atender - com prioridade - os interesses econômicos. Uma nova maneira de se desenvolver, com base na pesquisa dos nossos originais recursos naturais, traria uma esperança ecológica de boa qualidade. Um plano piloto termossolar indicaria ajustes e adaptações necessárias. Essas inovações, se acompanhadas de uma política severa de combate ao desperdício e preservação máxima dos ecossistemas naturais, contribuiriam enormemente, para o desenvolvimento do país. Contribuiriam, porque vai ser preciso uma grande mobilização para convencer os empresários de que essas soluções também são muito lucrativas, embora não atendam aos múltiplos interesses imediatistas de outros segmentos que se aglutinaram em torno das matrizes fossilizadas. Contribuiria, porque vai ser preciso transferir incontáveis conhecimentos e práticas ecológicas para milhões de cérebros que estão hoje, 2011, ainda mamando sob os olhares esperançosos de suas mães. Só nos resta mesmo esperar que o tema comece a ser divulgado com maior transparência e boa vontade. Afinal, o Sol nos viu nascer! Nos faz crescer! Mas poderá também iluminar o túmulo da nossa espécie. Enquanto isso, ele permanecerá supremo, como sempre. Brilhará ainda por muitos milhões de anos, com um malicioso sorriso. E nenhum remorso restará por quem não soube aproveitar suas calorosas e irradiantes dádivas... </div></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-23458062995905269622011-06-03T07:10:00.000-07:002011-06-03T14:24:57.181-07:00Perda da biodiversidade brasileira: a discussão necessária inequívoca e desprezada<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;"></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd02J2XIe3DLRv3NfNyU5OlT8iOKcZ7HMWUk7DW9LwCH01Sh1apL9XWyf0XRVwtvYMWwPGMtSG0bIc5D-mvHA4x55BFntwnL1aDc5Lh-Qtb_rlWfZbWUuuO_-EcrWRFR3qHG87dsRkgXw/s1600/Vespa+2+VC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd02J2XIe3DLRv3NfNyU5OlT8iOKcZ7HMWUk7DW9LwCH01Sh1apL9XWyf0XRVwtvYMWwPGMtSG0bIc5D-mvHA4x55BFntwnL1aDc5Lh-Qtb_rlWfZbWUuuO_-EcrWRFR3qHG87dsRkgXw/s1600/Vespa+2+VC.jpg" t8="true" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">Colaborador: Roberto Rocha</span><br />
<span style="font-size: 14pt;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: Arial;"> Em meio às conferências internacionais sobre desenvolvimento e meio ambiente – como se fosse possível separar uma coisa da outra – assusta a falta de prestígio inconteste, que sofrem a flora e fauna do mundo, em especial aquelas dos países tropicais. </span><span style="font-family: Arial;">Discussões e desconfianças se repetem nos “calorosos” debates sobre o aquecimento global: afinal existe ou não um processo ameaçador em evolução, por <span class="apple-converted-space"><span style="color: black;"> </span></span>motivos atmosféricos afetados pelo modo de produzir do inquieto<span class="apple-converted-space"><span style="color: black;"> </span></span><i>Homo sapiens</i>? Mas existe algo que não necessita de qualquer pesquisa mais aprofundada nem científica. Instituições conservacionistas constatam que só aumentam suas listas de espécies ameaçadas. <span class="apple-style-span"><span style="color: black;">As primeiras 34 espécies da fauna ameaçadas no Brasil tiveram como documento oficial a Portaria IBDF nº 303/68. Cerca de 20 anos depois o então IBAMA, através da Portaria nº 1.522/89 indicou 206 espécies animais, em sua maioria, vertebrados. As Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004, listaram 627 espécies ameaçadas de extinção, sendo 130 de invertebrados terrestres, 16 de anfíbios, 20 de répteis, 160 de aves, 69 de mamíferos, 78 de invertebrados aquáticos e 154 de peixes. Perceba que estamos apenas falando de animais ameaçados. Não estão aqui as plantas brasileiras, fungos, protozoários. bactérias etc. Se todos fossem considerados a lista seria imensa. </span></span><span style="color: black;">E por que se preocupar com criaturas perdidas <span class="apple-converted-space"> </span>nos últimos fragmentos florestais do país? Por que motivo, preciso saber mais sobre o papel e a função desses organismos nos sistemas econômicos? A natureza é ainda vista como objeto de decoração, de exposição, de brincadeiras, que amenizam as duras e tristes notícias do cotidiano. Quem valoriza a biota (flora e fauna) como responsáveis insubstituíveis do desenvolvimento humano? Posso ver um poderoso carro do ano numa exposição internacional, mas não consigo ver os minúsculos insetos polinizadores que garantem a alimentação do planeta. Quem se importa com eles? Estão lá, trabalhando sem remuneração nem contratos de trabalho, cumprindo fiel e pontualmente suas “obrigações”. Quem os valoriza? São apenas abordagens sentimentais, poéticas, estéticas, mas não são definitivamente econômicas. Destruímos boa parte da complexidade ecológica necessária ao equilíbrio do todo, em nome de simplificações lucrativas imediatistas. Nós também fazemos parte da biodiversidade terrestre e dependemos da saúde dos ecossistemas atuais. A Terra não sabe que nós “resolvemos” ser algo mais do que um simples componente do sistema. Estamos desafiando um poder que ainda não compreendemos. Somos tão animais como qualquer outro bicho vivente. Não temos o privilégio que forjamos, egoisticamente. Ou cuidamos da biodiversidade para salvar a nossa espécie ou vamos ser excluídos num processo de depuração natural, já que não interessa para o sistema o “colaborador” que não veste a camisa e não torce pelo time.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px;"><br />
</span></div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-322019869080692727.post-91420268281729888682011-05-22T02:02:00.000-07:002011-05-22T02:06:00.186-07:00Por uma revolucionária economia conservacionista<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"> Colaborador: Roberto Rocha</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Buscar novos paradigmas econômicos que substituam o capitalismo selvagem dos últimos séculos, inclui olhares para a Economia da Conservação: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma forma de produzir sem desconsiderar os modelos homeostásicos naturais e bilenares do sistema Terra. Essa modalidade econômica vem se juntar à Biologia da Conservação e à Medicina da Conservação, ambas também focadas nos serviços dos ecossistemas e na saúde ambiental. Note que o termo conservação aparece em todas elas, e não é sem motivos, porque a natureza atua com bases em leis rigorosas, incluindo medidas econômicas altamente eficientes e eficazes. É muito provável que o nome “ecoeficiência”, utilizado como uma das matrizes do desenvolvimento sustentável, tenha sido adotado como mimético da verdadeira capacidade dos ecossistemas em não dissiparem energia desnecessariamente. Não custa lembrar que essa prática tecnicista é reducionista e não chega nem perto de uma verdadeira mega-economia planetária ou universal (assim como é em cima é embaixo: mas é preciso que os economistas dinossauros aceitem a máxima que faz tudo acontecer de forma ampla e irrestrita). Gaia nos dá aulas incríveis de economia natural em todos os lugares onde se possa perceber qualquer tipo de transformação, seja nas florestas, nos oceanos e, até mesmo em suas entranhas, onde embates de placas e de magma pastoso derretido promovem revoltas incríveis e “chocantes”. Se a economia tradicional engessada conseguir perceber o óbvio, vamos economizar tremendamente. A questão principal é que as empresas – muitas vezes – já sabem como economizar; e isso “pode não interessar” por outros motivos: políticos, amizades, acordos e porcentagens. Representam outras formas de lucrar, que não são exatamente “vivos dinheiros”, mas são “dinheiros vivos”. Um aperto de mão, um olhar, um sorriso, uma batidinha nas costas, podem ser agrados que direcionam e sinalizam negócios e valores. Mais do que questões econômicas ou ecológicas, são questões éticas! Falar de economia sem falar de ética, é chover no molhado! E até onde a ética tem sido considerada nas questões econômicas atuais? Apenas os contratos legais são suficientes para garantir uma correta transação? As leis sozinhas podem garantir uma justa negociação? Mesmo as leis, são propostas provisórias. São revogadas de tempos em tempos porque são incompletas e falhas. Nossas convicções também. Se uma cultura diz: mate!. Você mata! Se ela diz: salve! Você salva! Somos culturalmente coesos. Existe um “outro” que também decide, invisível, que não mora dentro da nossa mente, mas que nos comanda também. É algo pré-histórico e coletivista, lá do paleolítico, dos homens das cavernas, meio irracional. São as torcidas que gritam “gol” quando o “inimigo” é “abatido simbolicamente” ao vazar as traves, <span style="mso-spacerun: yes;"> n</span>o coração do adversário, sem sangrar. São as demonstrações agressivas de territorialidade nas periferias dos estádios, mesmo depois da “guerra” acabada. Uma coisa é a técnica e outra é a tradição. É mais fácil mudar uma técnica! Mas, e a tradição?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podemos ter uma ótica pontual, mas de que vale a ótica sem a ética? O consumidor tem em suas mãos um trunfo letal. Mesmo afogado nas propagandas e nas técnicas de “fazer consumir” ele ainda é o “dono da festa”. Basta um aceno, e cabeças rolam!. Milhões de dólares vão pelo ralo com três letras e um til: não! Que poder infernal, este de um povo consciente, crítico e reflexivo! Já estamos falando de consumo ético, consumo responsável, consumo político. E por que não, uma sociedade ética? Economia sem ética é economia caótica. Vamos considerar as nossas “ticas”: as com “é” e as com “ó”. Quem sabe alinhamos também as nossas “eco”: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a “logia” e a “nomia”?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quem sabe ainda podemos ser felizes, tradicionalmente? </div>PRO DOMO GAIAhttp://www.blogger.com/profile/05846031814077566577noreply@blogger.com0